Evangelização na Prática

“Tendo partido, o que recebera cinco talentos trabalhou com eles e ganhou outros cinco” – Mateus 25:16

EM SALA: OS LABORATÓRIOS NA EVANGELIZAÇÃO – postado em 02/08/2014

Através das sugestões de nossas grandes amigas Sônia Jácome e Sônia Soares de Minas Gerais, trazemos neste post a experiência em nossa Casa Espírita com os chamados “Laboratórios”, que são simplesmente a definição de um tema reunindo todas as turmas de evangelização em uma mesma atividade utilizando a arte em suas mais variadas expressões e proporcionando integração entre as idades.

Os laboratórios devem ser planejados entre os evangelizadores antecipadamente, onde cada um traga a sua colaboração para a construção da atividade. O ideal é montar um roteiro (início, meio e fim) em uma tabela especificando o tempo de cada atividade, material, responsáveis, etc. O planejamento é fundamental para tudo correr bem neste tipo de atividade!

Em nossa Casa Espírita, a duração das aulas de evangelização é de 01 hora, portanto o laboratório deve ser planejado neste tempo ou ainda ser estendido, conforme as possibilidades. A quantidade de dias pode ser variável conforme a construção da atividade, podendo ser realizada em 01 dia ou até em 04 dias!!!

A escolha dos temas foi definida com base nas aulas rotineiras da evangelização (currículo da FEB) de todas as turmas, ou seja, o que estava sendo estudando em sala, o laboratório traria uma reflexão maior sobre o tema. Os temas tiveram a seguinte sequência:

– LABORATÓRIO 01: Reinos Mineral, Vegetal, Animal e Hominal – realizado em 01 dia (01 hora)

– LABORATÓRIO 02: Pluralidade dos Mundos Habitados – realizado em 02 dias (02 horas)

– LABORATÓRIO 03: Nosso Lar – realizado em 04 dias (04 horas)

– LABORATÓRIO 04: O Nascimento de Jesus / Montagem Presépio – realizado em 01 dia (01 hora) – SERÁ REALIZADO FUTURAMENTE.

Os livros que deram suporte e nos inspiraram para estas atividades são de Walter Oliveira Alves (Prática Pedagógica na Evangelização I, II e III). As ideias básicas foram retiradas destes livros e adaptadas às necessidades de nossa Evangelização. Também foram utilizados os livros da Codificação Kardequiana e Revista Espírita, obras subsidiárias da psicografia de Chico Xavier (Coleção André Luiz e Cartas de uma Morta) e as obras de Hergorina Cunha (Imagens no Além e Cidade no Além), além do maravilhoso DVD Nosso Lar.

Abaixo seguem os roteiros realizados (que foram evoluindo ao longo dos trabalhos) e as fotos para se ter uma noção dos resultados:

LABORATÓRIO 01: Reinos Mineral, Vegetal, Animal e Hominal Reinos - Laboratorio

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LABORATÓRIO 02: Pluralidade dos Mundos Habitados – realizado em 02 dias (02 horas)Pluralidade

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LABORATÓRIO 03: Nosso Lar – realizado em 04 dias (04 horas)

Nosso Lar

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Futuramente postaremos as fotos do último Laboratório de 2014: O Nascimento de Jesus / Montagem Presépio.

Para nós evangelizadores, tem sido um experiência grandiosa, do ponto de vista espiritual e também do prático, onde as dificuldades e desafios enfrentados tem nos trazido reflexões profundas a respeito do trabalho.

SUGESTÃO DE AULA: FAMÍLIA CORPORAL E FAMÍLIA ESPIRITUAL – postado em 03/07/2013

Materiais da coordenação Geral:

Números para serem colados embaixo das cadeiras;

01 Folha A6 para cada família formada;

17 novelos de cores diferentes;

Canetinhas com cores fortes/escuras;

Materiais das Coordenações de Grupo:

Seis objetos.

Procedimentos:

Divisão dos subgrupos

Preparação da técnica: antes de começar a dinâmica e sem que os participantes vejam, deve-se colocar embaixo de cada cadeira um número;

Informar que nesta dinâmica formaremos laços familiares e para “encarnar” a primeira família iremos fazer uma brincadeira para dividir o grupo;

Falar que embaixo de cada cadeira existe um número e que cada número dará origem a uma família diferente, por exemplo, todos que tiverem o número 1 formarão uma família, todos que tiverem o número 2 formarão outra família e assim por diante;

Perguntar se todos estão prontos para fazerem parte da primeira família nesta brincadeira, motivá-los a dizer que estão prontos a participar;

Formação da 1ª família encarnada

Enfatizar que a partir deste momento os membros de cada subgrupo estão formando uma família;

Explicar que será entregue para um dos membros de cada família um novelo, que ele deve enrolá-lo na cintura dando um nó na ponta, dizer seu nome, algo que goste muito, passar o novelo para outra pessoa do grupo e que esta pessoa ao recebê-lo deve repetir o processo e após entregar para outro membro da família até que todos tenham se apresentado. Enfatizar que somente o primeiro e o último devem dar o nó, os outros devem apenas passar o novelo ao redor do corpo e que entre cada um dos participantes do subgrupo deve ser deixada bastante linha;

Entregar uma folha e uma caneta para cada família e pedir que os membros escolham um nome para a sua família;

Recolher a caneta e a folha colocando-a no espaço onde estão as famílias criadas na técnica do objetivo específico 1;

Pedir que todas as famílias se organizem em um grande círculo;

Dizer que formamos seis diferentes famílias, ler no quadro o nome das famílias feitas na primeira parte da dinâmica perguntando como escolheram este nome;

Perguntar “Como foi fazer parte da primeira família?”;

Questionar “O que vocês aprenderam com aquela encarnação?”, possíveis respostas: o nome dos outros, o que eles gostam, etc;

A próxima pergunta é muito importante para que eles entendam que formaram uma família encarnada, perguntar se ficou algum tipo de laço entre os membros dessa família que foi encarnada? Como ele foi representado na técnica?

Formação da 2ª família encarnada

Ainda com o grupo organizado em círculo, em pé, pedir que todos fiquem em silêncio;

Colocar no centro os seis objetos e solicitar que cada um, em silêncio, sem sair do lugar, mentalmente escolha um dos objetos;

Após os participantes escolherem os objetos, falar que através da escolha dos objetos se formarão as novas famílias que irão encarnar na Terra, porém existem três regras: cada desenho tem uma cota de integrantes que irão compor a família, um deles não encaminhará as pessoas para uma nova encarnação e este desenho só será conhecido após todos escolherem;

Lembrar que os participantes ainda estão em círculo, pedir para o primeiro jovem a direita de quem está coordenando a dinâmica escolha o seu desenho, após pedir para o segundo jovem e assim por diante até que todos tenham escolhido;

Um exemplo do que pode acontecer durante a dinâmica, o primeiro jovem escolhe o objeto 1, este desenho somente poderá ser escolhido por outros seis jovens. O segundo jovem escolhe o desenho 3, este desenho só poderá ser escolhido por mais 4 jovens.

Quando a cota de um desenho terminar o coordenador deve avisar e pedir que os jovens que também escolheram aquele desenho escolha outro;

Os jovens não deverão saber as cotas:

Objeto 01 (até 4 jovens);

Objeto 02 (até 3 jovens);

Objeto 03 (até 3 jovens). Obs. Este grupo não irá reencarnar

Objeto 04 (até 4 jovens);

Objeto 05 (até 5 jovens);

Objeto 06 (até 4 jovens);

Após todos escolherem informar quem poderá reencarnar e quem ficará esperando no plano espiritual. Fazer um clima de mistério antes de virar o desenho;

Pedir que organizem as famílias pelos desenhos escolhidos, com exceção dos participantes que escolheram o desenho 2, que ficarão de fora nesta rodada;

Enfatizar que a partir deste momento os membros de cada subgrupo estarão formando uma família;

Explicar que será entregue para um dos membros de cada família um novelo, que ele deve enrolá-lo na cintura dando um nó na ponta, dizer seu nome, passar o novelo para outra pessoa do grupo e que esta pessoa ao recebê-lo deve repetir o processo e após entregar para outro membro da família até que todos tenham se apresentado. Enfatizar que somente o primeiro e o último devem dar o nó, os outros devem apenas passar o novelo ao redor do corpo e que entre cada um dos participantes do subgrupo deve ser deixada bastante linha;

Entregar uma folha tamanho A6 e uma caneta para cada família e pedir que os membros escolham um nome para a sua família;

Recolher a caneta e a folha, colocando-a no espaço onde estão as famílias criadas na técnica do objetivo específico 1;

Dizer que formamos cinco novas famílias, ler no quadro o nome das famílias feitas perguntando porque escolheu este nome;

Perguntar se houve algo de diferente no final desta rodada para o final da anterior? Caso eles não comentem, falar que agora muitos jovens ficaram com duas fitas representando diferentes laços familiares.

Formação da 3ª família encarnada

Reunir o grupo novamente em “círculo” ou o mais próximo disso que for possível;

Explicar que nesta rodada os jovens que não estavam encarnados terão a chance não só de fazer parte de uma família, mas também escolher os membros dela;

A regra dessa rodada é que os jovens que estavam desencarnados devem escolher cinco pessoas para fazer parte da sua família, sendo que cada pessoa escolhida só pode fazer parte de uma família;

O primeiro jovem deve enrolá-lo na cintura dando um nó na ponta, ir ao encontro da pessoa que escolheu, esta deve enrolar-se no novelo e então o primeiro jovem deve ir em busca de outro membro da sua família até escolher os cinco membros;

Pedir que as novas famílias se reúnam, entregar uma folha e uma caneta para cada uma e pedir que os membros escolham um nome para a sua família;

Recolher a caneta e a folha colocando-a no espaço onde estão as famílias criadas na técnica do objetivo específico 1;

Pedir que dentro do possível seja formado um círculo novamente;

Dizer que formamos agora seis novas famílias, ao colar a folha aproveitar para perguntar o motivo da escolha deste nome, ler no quadro o nome de todas as famílias feitas, pedindo que levantem o braço;

Perguntar se houve algo de diferente no final desta rodada para o final da anterior? Caso eles não comentem falar que agora muitos jovens ficaram com duas fitas representando diferentes laços familiares.

Ainda com todos de pé e “enrolados”, perguntar se eles gostaram da brincadeira e do que mais gostaram;

Questionar se os jovens ainda tem algum laço com as pessoas que conviveram nas outras famílias? Falar da fita e questionar se pode ter ficado algum outro tipo de laço;

É claro que isso que nós fizemos foi uma brincadeira, mas em uma encarnação de verdade, pode ficar algum “laço” entre as pessoas que encarnam em uma família? Esses laços deixam de existir após diversas encarnações? O grupo de pessoas que compartilham esse laço aumenta ou diminui com o decorrer das encarnações? Como esses laços vão aumentando e se estreitando? Como podemos chamar estes grandes grupos que fomos montando? Resposta Família Espiritual. Qual a diferença da família espiritual para a encarnada? Sabendo que fazemos parte de uma família espiritual, a família encarnada ganha ou perde importância?

Debate:

Qual a diferença entre família corporal e espiritual?

Vimos que família são pessoas unidas por consanguinidade, adoção ou que moram junto, este é que tipo de família?

E então, família espiritual é como?

Os traços consanguíneos são passados de pais para filhos, os laços espirituais também passam?

Se os traços espirituais não são repassados, como se formam as famílias espirituais? E as corporais? De onde provém as semelhanças morais entre indivíduos da mesma família?

Qual a responsabilidade no papel de pais na educação moral de um filho?

Qual o motivo de existirem as famílias espirituais?

E qual o motivo de existir a diferença entre a família espiritual e a corporal?

Bibliografia: O Evangelho Segundo o Espiritismo:  Capítulo IV itens 18 a 23 e Capítulo XIV item 8

SUGESTÃO DE AULA: REENCARNAÇÃO E ESQUECIMENTO DO PASSADO – postado em 17/05/2013

OBJETIVO: Levar os evangelizandos a construir 10 encarnações passadas hipotéticas, através de recortes de revistas e ajudá-los a compreender que a Misericórdia Divina nos concede a dádiva do esquecimento, pois do contrário nossa mente não suportaria tantas informações, e, principalmente, a lembrança de nossos erros e conflitos existenciais de nosso passado.

TEMPO SOMENTE PARA A DINÂMICA: 20 a 30 minutos

MATERIAL NECESSÁRIO:

– Revistas de boa qualidade (notícias semanais ou turismo). Ao menos duas para cada evangelizando.

– tesouras

– canetas

PASSOS PARA REALIZAR A DINÂMICA

Sem dizer a razão da atividade, pedir que escolham revistas e:

Recortem 10 fotos de pessoas de qualquer faixa etária e sexo.

À medida que recortam as gravuras e antes de dar sequência à atividade, verificar se não escolheram fotos de líderes da violência no mundo. Se houver escolha de, por exemplo, Bin Laden, Bush, Bashar Al Assad, ou  membros do narcotráfico do Brasil e do mundo, etc., sem dizer a razão, questionar o evangelizando se ele considera tal pessoa digna de ser seu exemplo de vida. Levá-lo a descartar tal gravura e escolher outra.

Uma vez que as 10 fotos tenham sido escolhidas, pedir a eles que atribuam um nome, uma idade e profissão (se adultos) a cada gravura.

A seguir, pedir que somem todas as idades de suas gravuras.

Só neste momento, esclarecer que as gravuras representam uma hipótese de suas reencarnações passadas. Perguntar qual foi a soma total de idades e esclarecer que tal soma representa o total das 10 encarnações.

Levar os evangelizandos a debater os questionamentos apontados no objetivo, através de perguntas indutivas. O importante é que eles levantem os tópicos. Não é uma atividade expositiva centrada no evangelizador.

CONCLUSÃO

Após o término da vivência, usar ao menos 10 minutos do tempo para levá-los a debater sobre o processo reencarnatório como anos letivos em escolas de regeneração e a necessidade do esquecimento. Contudo, esclarecer que em nossa mente / consciência permanece todo o aprendizado que já realizamos, assim como todas as impressões traumáticas vivenciadas.

SUGESTÃO DE DINÂMICA: CAMELO NA AGULHA – postado em 13/05/2013

Trabalhar os temas ESFORÇO, PERSEVERANÇA, CORAGEM, FÉ.

1) Entregar uma folha A4 para cada jovem.

Comandos ao grupo:

a) Faça um buraco no centro da folha;

b) Você deve atravessar seu corpo físico inteiro por dentro desta folha A4 sem que esta se rompa por completo. (10 a 15 minutos);

2) Processamento de 15 a 20 minutos mais focado no sentimento que tiveram, sem correlacionar com os desafios externos:

– Como se sentiram diante do desafio?

– Como foi constatar que conseguiriam ou não realizar o desafio?

– Alguém desistiu? Por quê?

Montar a solução e ao mesmo tempo falar das primeiras dificuldades dos apóstolos em acreditar no Messias e como foi acreditar depois da desencarnção do Cristo. Qual era a convicção dos apóstolos ao pregar a Boa Nova (Simão Pedro, João Evangelista, Tiago Maior, etc.)? Pode-se falar do “fardo” que todos nós temos condições de carregar. Proporcionar um olhar diferente da situação convencional: a convicção de que o Evangelho é o caminho para superar as dificuldades.

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SUGESTÃO DE AULA: PASSAGENS DA VIDA DE JESUS: A PESCA MARAVILHOSA – Lc 5-1:11 – postado em 19/03/2013

TEMA: A PESCA MARAVILHOSA – ATÉ 7/8 ANOS – Lc 5:1-11

ESTUDO: Estudo “Miudinho” do Evangelho por Haroldo Dutra Dias: http://www.youtube.com/watch?v=YlK-4qG7Gjw

Objetivo: A pesca com Jesus é muito mais proveitosa porque Ele nos ajuda a multiplicar as nossas virtudes e também as dos outros.

MATERIAL:

– Barco (Unir 02 caixas de papelão);

– Mastro (ripa de madeira);

– Bandeira: Cartolina + Desenho;

– Revestimento do Barco (TNT marron);

– Mar (TNT azul);

– Fitas colantes;

– Roupas (TNT varias cores);

– Rede (filó, rede e vôlei, etc);

– Peixes (EVA colorido);

– Virtudes (recortes de atividades de possam ser feitas na sala, exemplo: abraço, ciranda, cantar);

– Jesus (boneco grande ou figura grande para ficar do tamanho das crianças).

TÉCNICA UTILIZADA: TEATRO VIVENCIAL (onde conta-se a história e os evangelizandos protagonizam a mesma)

DESENVOLVIMENTO:

Ao mesmo tempo que se conta a parábola em forma de histórinha, siga os primeiros 04 momentos:

– Primeiro momento: Apresentar o cenário e os objetos que compõem a cena (rede, barco, mastro, bandeira). Mostrar como se “joga” a rede e a melhor forma de entrar no barco. Vestir os evangelizandos com roupas feitas de TNT. Selecionar voluntários para serem os apóstolos e se houver mais, serão os ajudantes dos apóstolos.

– Segundo momento: Pedir para que entrem no barco e tentem pegar peixes jogando a rede ao mar (era noite – antes de Jesus chegar) para não conseguir pescar. Fortalecer a ideia de quem “não pegaram nenhum peixe”. Fazer isso três vezes.

– Terceiro momento: Mostrar Jesus chegando perto do mar e entrando no barco de Simão Pedro. Procurar fazer o evangelizandos perceberem que Jesus agora está junto com eles.

– Quarto momento: Após reforçar a ideia de que Jesus está no barco, falar que Jesus pede para que joguem a rede novamente ao mar (os evangelizando jogam) e neste momento os evangelizadores jogar muitos peixinhos (que estavam escondidos) na rede estendida. Os evangelizandos puxam para dentro do barco. Ao retornar à margem, narrar que Jesus convida a todos para pescar para sempre com Ele. Cada um pega um peixinho e sai do barco.

– Quinto momento: Como cada peixinho tem um desenho de uma virtude colada nele, pedir para que eles digam o que está ali e terá que apresentar a virtude para a turma. Se não conseguir, perguntar aos outros se podem ajudar o amiguinho. E assim, compartilhar com todos a virtude.

– Sexto momento: Pedir para que desenhem o que entenderam, o que mais marcou da aula.

FINAL: O objetivo será alcançado se a criança compreender que pescar com Jesus é maravilhoso, nos ensinando a pescar/fazer somente coisas boas e praticar estas virtude no dia-a-dia (em casa, na escola, etc).

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RECURSOS VISUAIS: GRAVURAS/FIGURAS/DESENHOS: A DOUTRINA ESPÍRITA – postado em 06/03/2013

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Nesse material todos poderão encontrar imagens relacionadas ao conteúdo da Doutrina Espírita e que pode ser um recurso interessante para apresentar aos jovens em algumas das abordagens espíritas.

LINK: Figuras Diversas sobre Espiritismo: https://drive.google.com/open?id=1mvP8dqwsiZJwrYbiddQpIORjDd4An6NJ

LINK: Figuras sobre Atividades de Fixação de Conteúdos: https://drive.google.com/file/d/1SQAzDiG3ixF3wA3CtJ4deBnFf7BgBsm6/view?usp=sharing

RECURSOS VISUAIS: PROCESSO DE DESENCARNAÇÃO DE DIMAS – OBREIROS DA VIDA ETERNA – ANDRÉ LUIZ – postado em 25/02/2013

Hoje vamos compartilhar um material grafico recebido de uma grande amiga que trata da desencarnação do espírito de Dimas. Este processo está contido no livro Obreiros da Vida Eterna, capítulo 13, intitulado “Companheiro Libertado”, do autor espiritual André Luiz e psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Abaixo seguem as figuras de uma revista espírita de nome desconhecido que foram transformadas em formato digital para apreciação de todos, além da descrição do trecho pertinente contido na obra citada. Acompanhe (clique com na imagem para visualizar maior):

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(…) No recinto, permanecemos os três apenas.

Dimas, experimentando indefinível bem-estar no regaço materno, parecia esquecer, agora, todas as mágoas, sentindo-se amparado como criança semi-inconsciente, quase feliz. Ordenou Jerônimo que me conservasse vigilante, de mãos coladas à fronte do enfermo, passando, logo após, ao serviço complexo e silencioso de magnetização. Em primeiro lugar, insensibilizou inteiramente o vago, para facilitar o desligamento nas vísceras. A seguir, utilizando passes longitudinais, isolou todo o sistema nervoso simpático, neutralizando, mais tarde, as fibras inibidoras no cérebro. Descansando alguns segundos, asseverou:

—Não convém que Dimas fale, agora, aos parentes. Formularia, talvez, solicitações descabidas. Indicou o desencarnante e comentou, sorrindo:

—Noutro tempo, André, os antigos acreditavam que entidades mitológicas cortavam os fios da vida humana. Nós somos Parcas autênticas, efetuando semelhante operação…

E porque eu indagasse, tímido, por onde iríamos começar, explicou-me o orientador:

— Segundo você sabe, há três regiões orgânicas fundamentais que demandam extremo cuidado nos serviços de liberação da alma: o centro vegetativo, ligado ao ventre, como sede das manifestações fisiológicas; o centro emocional, zona dos sentimentos e desejos, sediado no tórax, e o centro mental, mais importante por excelência, situado no cérebro.

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Minha curiosidade intelectual era enorme. Entendendo, porém, que a hora não comportava longos esclarecimentos, abstive-me de indagações. Jerônimo, todavia, gentil como sempre, percebeu-me o propósito de pesquisa e acrescentou:

—Noutro ensejo, André, você estudará o problema transcendente das várias zonas vitais da individualidade.

Aconselhando-me cautela na ministração de energias magnéticas à mente do moribundo, começou a operar sobre o plexo solar, desatando laços que localizavam forças físicas. Com espanto, notei que certa porção de substância leitosa extravasava do umbigo, pairando em torno. Esticaram-se os membros inferiores, com sintomas de esfriamento.

Dimas gemeu, em voz alta, semi-inconsciente.

Acorreram amigos, assustados. Sacos de água quente foram-lhe apostos nos pés. Mas, antes que os familiares entrassem em cena, Jerônimo, com passes concentrados sobre o tórax, relaxou os elos que mantinham a coesão celular no centro emotivo, operando sobre determinado ponto do coração, que passou a funcionar como bomba mecânica, desreguladamente. Nova cota de substância desprendia-se do corpo, do epigastro à garganta, mas reparei que todos os músculos trabalhavam fortemente contra a partida da alma, opondo-se à libertação das forças motrizes, em esforço desesperado, ocasionando angustiosa aflição ao paciente. O campo físico oferecia-nos resistência, insistindo pela retenção do senhor espiritual.

Com a fuga do pulso, foram chamados os parentes e o médico, que acorreram, pressurosos. No regaço maternal, todavia, e sob nossa influenciação direta, Dimas não conseguiu articular palavras ou concatenar raciocínios.

Alcançáramos o coma, em boas condições.

O Assistente estabeleceu reduzido tempo de descanso, mas volveu a intervir no cérebro. Era a última etapa. Concentrando todo o seu potencial de energia na fossa romboidal, Jerônimo quebrou alguma coisa que não pude perceber com minúcias, e brilhante chama violeta-dourada desligou-se da região craniana, absorvendo, intantaneamente, a vasta porção de substância leitosa já exteriorizada. Quis fitar a brilhante luz, mas confesso que era difícil fixá-la, com rigor. Em breves insntantes, porém, notei que as forças em exame eram dotadas de movimento plasticizante.

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A chama mencionada transformou-se em maravilhosa cabeça, em tudo idêntica à do nosso amigo em desencarnação, constituindo-se, após ela, todo o corpo perispiritual de Dimas, membro a membro, traço a traço. E, à medida que o novo organismo ressurgia ao nosso olhar, a luz violeta-dourada, fulgurante no cérebro, empalidecia gradualmente, até desaparecer, de todo, como se representasse o conjunto dos princípios superiores da personalidade, momentaneamente recolhidos a um único ponto, espraiando-se, em seguida, através de todos os escaninhos do organismo perispirítico, assegurando, desse modo, a coesão dos diferentes átomos, das novas dimensões vibratórias.

Dimas-desencarnado elevou-se alguns palmos acima de Dimas-cadáver, apenas ligado ao corpo através de leve cordão prateado, semelhante a sutil elástico, entre o cérebro de matéria densa, abandonado, e o cérebro de matéria rarefeita do organismo liberto.

A genitora abandonou o corpo grosseiro, rapidamente, e recolheu a nova forma, envolvendo-a em túnica de tecido muito branco, que trazia consigo.

Para os nossos amigos encarnados, Dimas morrera, inteiramente. Para nós outros, porém, a operação era ainda incompleta. O Assistente deliberou que o cordão fluídico deveria permanecer até ao dia imediato, considerando as necessidades do “morto”,ainda imperfeitamente preparado para desenlace mais rápido. (…)

Leia o capítulo completo para maiores esclarecimentos.

Recentemente foi lançado um vídeo contando esta passagem de André Luiz:

LINK: A MORTE DE DIMAS – O PROCESSO DE DESENCARNAÇÃO – Caso de André Luiz – Curta Metragem Espírita:

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SUGESTÃO DE VÍDEO: O EVANGELHO NO LAR – postado em 15/02/2013

Link do vídeo “Evangelho no Lar” realizado pelo GENA – Grupo Espírita Nossa Arte, do Centro Espírita Amor e Humildade do Apóstolo, com base no livro “Evangelho em Casa”, psicografado por Francisco Cândido Xavier, pela autora espiritual Meimei.

Foi gravado no dia 02/Out/10 – Florianópolis/Santa Catarina:

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“Quando o ensinamento do Mestre vibra entre as quatro paredes de um templo doméstico, os pequeninos sacrifícios tecem a felicidade comum.” Emmanuel

EM SALA: CUBO DIDÁTICO – postado em 08/02/2013

CUBO DIDÁTICO com reciclagem de caixa de papelão.

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FONTE: http://www.pragentemiuda.org/2010/01/caixas-trabalhando-com-encaixe.html

SUGESTÃO DE VÍDEO: MOCIDADE ESPÍRITA – APROVEITANDO A VIDA DE VERDADE – postado em 08/02/2013

Vídeo produzido na CONCAFRAS de Várzea da Palma, pelos jovens do curso: TV na divulgação do espiritismo.

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Ideal para trabalhar o nosso comprometimento com o trabalho espírita x imperfeições.

SUGESTÃO DE MÚSICA: ENSAIO GAN – GRUPO ARTE NASCENTE – MÚSICA: VASO ESCOLHIDO – postado em 08/02/2013

Ensaio para o Seminario Lítero-Musical Paulo e Estevão com Haroldo Dutra Dias e GAN em Goiânia/GO.

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Material ideal para trabalhar a vida de Paulo de Tarso.

SUGESTÃO DE VÍDEO: PARTE DO FILME BEN HUR (1959) DUBLADO – postado em 08/02/2013

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Esta parte do filme mostra a beleza do Mestre retratada na face alheia. Ideal para trabalhar temas como: a prece, pedi e obtereis, intervenção dos espíritos em nossas vidas, provas e expiações.

EM SALA: DINÂMICA – VAMOS ANIMAR O ENCONTRO? – postado em 01/02/2013

ABRAÇO
De mãos dadas. Olha a roda! Uma pessoa vai orientando a brincadeira e participando também. Quando essa pessoa disser: “Abraço de três” .Todos começam a se abraçar em grupos de três. Depois da confusão, é bom prestar atenção: ficou alguma pessoa de fora ou deu para dividir toda a turma em grupos de três?
… Então vamos desfazer os grupinhos e voltar para a grande roda.
E aquela pessoa anuncia:
-Abraço de cinco!
E as pessoas começam a formar grupos de cinco…
-Abraço de um!
Aqui todos devem ficar no mesmo lugar. Cada um abraça a si mesmo
– Abraço de todo mundo!
Todos se abraçam numa grande roda. Abraço, firme e forte.
– Abraço de dez!
E a brincadeira continua… PUXA PROSA
O abraço é um sinal de amizade. Vamos descobrir outros gestos que são sinais de amizade?
Como você se sente participando deste grupo?
Qual o nome das pessoas que ficaram com vc no grupo de três? E no grupo de cinco? RECRIAR
Vamos transformar essa brincadeira?
Por exemplo….
Agora vamos abraçar e… conversar. Atenção!
Conversa de um! Conversa de dois!
Agora vamos abraçar e… cantar…
Atenção! Cantoria de cinco! Cantoria de dez!
Todo mundo cantando! FONTE: (Livro-Carretel de idéias-Francisco Marques)

EM SALA: DINÂMICA – O ABRIGO SUBTERRÂNEO – postado em 01/02/2013

Objetivo: Fazer os jovens perceber que não cabe a nós fazer julgamentos sobre ninguém. A Justiça é a de Deus e não a dos Homens.
Material: papel com o texto “Abrigo subterrâneo” (um para cada grupo) e lápis.
Desenvolvimento: Dividi-los em grupos e entregar a carta do abrigo subterrâneo (quadro abaixo).

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Imaginem que a sua cidade está sob a ameaça de um bombardeio nuclear. Aproxima-se um homem e lhes solicita uma decisão imediata. Existe um abrigo subterrâneo que só pode abrigar 06 pessoas; mas há 12 que querem entrar. Abaixo está a relação dessas 12 pessoas, faça sua escolha indicando apenas os 06 que irão sobreviver ao bombardeio nuclear:
_ Um violinista de 40 anos, viciado em drogas;
_ Um advogado de 25 anos;
_ A esposa do advogado, com 24 anos, que tem problemas psicológicos. O casal prefere ficar junto, dentro ou fora do abrigo;
_ Um sacerdote de 75 anos;
_ Uma prostituta de 34 anos;
_ Um ateu de 20 anos, autor de vários assassinatos;
_ Uma universitária grávida de 05 meses;
_ Um trabalhador que sofre preconceitos por ser negro;
_ Um militar de 28 anos que só aceita entrar no abrigo se puder levar sua arma;
_ Uma menina de 12 anos, com Síndrome de Down;
_ Um homossexual de 40 anos;
_ Um idoso com problemas visuais e auditivos.

Cada grupo terá 2 minutos para fazer suas escolhas. Terminado o tempo, selecionando todos os seis ou não, cada grupo irá mostrar suas escolhas, respondendo os seguintes questionamentos feitos pelo educador:

1. O que vocês usaram como critério de seleção?
2. Houve algum preconceito que facilitou a escolha?
3. Vocês acharam justo decidir a vida dessas pessoas através das informações dadas? E se algumas dessas pessoas também fizessem algo de bom, mas que não foi citado?
4. Como vocês se sentiram decidindo sobre a vida de outra pessoa?
5. E se fossem utilizados os mesmos critérios de julgamento com você?
6. Vocês gostariam de ser julgados desta maneira?
7. Quais diferenças vocês poderiam destacar se essa seleção fosse feita pela Justiça dos homens e pela Justiça de Deus?

Reflexão 1: Mostrar quais foram as personagens do Evangelho que Jesus ajudou (cego, leprosos, desfalecidos, ladrões, etc.) e fazer um paralelo com as personagens acima, entendendo que todos somos filhos de Deus e chegaremos à Pefeição.

Reflexão 2: Explicar que a prece não precisa ser decorada, mas sim de coração, pois, feita com amor, ela sobe, sobe até Deus… como a bolinha de sabão!

EM SALA: DINÂMICA – A VIRTUDE DA COMPREENSÃO – postado em 01/02/2013

Objetivo: Refletir que a forma como pensamos depende da capacidade de entender e compreender o que está a nossa volta. Quando conhecemos e compreendemos melhor algo aproveitamos melhor as oportunidades.

Material: Gravuras de ilusões de óptica.

imagem

FONTE: ilusões de óptica no Google – Procedimento: Apresentar as imagens de forma individual, ora rapidamente (para não dar tempo que eles reflitam), ora com mais tempo, (para dar temo de refletir) e pedir que eles descrevam o que percebem sem mostrar para os outros. Chamar alguns e repetir o processo. Depois discutir se o que eles viram foi igual e as razões.

Reflexão: A compreensão vem do conhecimento. Quando dedicamos atenção a algo vamos compreendendo melhor o que acontece na nossa vida

EM SALA – DINÂMICA: ROTULANDO AMIGOS – postado em 01/02/2013

Objetivo– Fazer com que os jovens percebam que muitas vezes rotulamos nossos amigos com características que os deprecia e assim agirmos de encontro aos princípios da caridade.

Material- atividade e lápis

Desenvolvimento– Entregar uma atividade para cada jovem e pedi que marquem que marquem os itens que corresponde as características de seus amigos. Não será necessário ao final apresentar ao grupo, mas o educador deve fazer uma reflexão sobre como apontamos as dificuldades e defeitos dos outros e assim estamos agindo contrários a caridade ensinada por Jesus.

AMIGOS

Reflexão – A amizade é uma importante oportunidade de aprendermos a amar e agir com indulgência, perdão e benevolência é aplicação sublime da caridade.

EM SALA: DINÂMICA – OS ATRIBUTOS DE DEUS – postado em 01/02/2013

Objetivo: Fazer com que os jovens compreendam os atributos de Deus.

Material: Papeletas com alguns atributos (vingativo, preguiçoso, colérico, suprema bondade e Justiça, único, ciumento, imutável, onipotente, punitivo, eterno, injusto, imaterial)

dEUS

Desenvolvimento: Dividir os jovens em 4 ou 5 grupos e entregar as papeletas e pedir que eles escolham 5 atributos que represent…a Deus para eles e tentem justificar suas escolhas com exemplos ou palavras. Depois estudar e debater cada atributo com a leitura do Livro dos Espíritos para complementar o estudo.

Reflexão: Tentar passar a idéia de que definir Deus é algo difícil para o nosso momento evolutivo, mas temos como instrumento de compreensão de Deus o conhecimento de seus atributos.

EM SALA: DINÂMICA – O QUE VOCÊ SENTE? – postado em 01/02/2013

Objetivo: Fazer o jovem descobrir que uma vida futura de felicidade depende da construção de um mundo interior onde as virtudes reinem e comandem nossas ações.

Material: Cartela, lápis e músicas

SENTE
Imagens dos sentimentos retiradas do blog http://blogtiale.blogspot.com/2010_06_01_archive.html

Desenvolvimento: O educador entregará a cada jovem uma cartela e um lápis. Em seguida explicará que esses irão escutar 3 músicas e que deverão marcar em cada quadro o sentimento quem têm ao ouvir as músicas. No final pedir os jovens para lerem suas respostas e debater com eles os seguintes pontos: Todos tivemos os mesmos sentimentos? Sabemos o que gostamos verdadeiramente ou os outros escolhem o que gostamos? Estamos sempre alegres ou tristes? Como podemos fazer para estarmos mais alegres do que tristes? Como Podemos construir um futuro de felicidade?

Reflexão: Estamos construindo a cada nova existência nossa felicidade, mas para que isso seja possível, precisamos ter vontade de nos transformar e de buscar na prática das virtudes as respostas para superar nossas dificuldades. Que possamos lembrar que o nosso futuro é resultado do nosso presente, desse modo, construamos mais momentos de alegria e paz para conseguir encontrar a felicidade que tanto desejamos.

EM SALA: DINÂMICA – QUE SOU EU E O QUE GOSTO DE FAZER? – postado em 01/02/2013

Objetivo: Promover a integração e apresentação entre os jovens.

Material: Gravuras e palito de picolé (para formar placas)

GOSTO

Desenvolvimento: O educador pedirá para os jovens que observem as placas que estão no centro da sala e solicitar que eles escolham uma ou mais placas que corresponde à atividade que eles mais gostam de fazer. Depois que todos escolherem se retornará ao grupão e cada um deverá fazer sua apresentação dizendo “Eu sou … e gosto de …”

Reflexão: Devemos buscar sempre nos conhecer e saber aquilo que mais gostamos e desejamos fazer em nossa existência para que assim possamos vencer os vícios que estão dentro de cada um de nós.

“Amém vos digo: Quem não receber o Reino de Deus como uma criancinha, de modo nenhum entrará nele.” – Lucas 18:17

SUGESTÃO DE VÍDEO – PROJETO SEMEAR FEB –  postado em 17/12/2014

A FEB – Federação Espírita Brasileira lançou em 2014, por ocasião da comemoração dos 100 anos da Evangelização Infantil, a primeira temporada do Projeto Semear, contendo 12 episódios abordando vários pontos importantes quanto ao papel do Evangelizador junto à Evangelização.

Os vídeos contém a participação do DIJ – Departamento de Infância e Juventude da FEB e também de Sandra Borba. Clique abaixo para assistir a sequencia de vídeos no Youtube:

MENSAGEM – A EVANGELIZAÇÃO ESPÍRITA E OS SERVIÇOS ASSISTENCIAIS por Cecília Rocha –  postado em 17/12/2014

O trabalho de evangelização es­pírita junto ao menor socialmente ca­rente tende a se confundir com a as­sistência material, no que concerne à distribuição de alimentos, roupas e agasalhos indispensáveis ao bem es­tar físico dessas crianças e adolescen­tes, multi-carenciados.

Levados pelos seus mentores espirituais esses menores nem sabem o que procuram nem o de que, real­mente, necessitam, quando batem à porta da instituição espírita. Sentem fome e passam frio, ou estão suados e sedentos, buscando todos a sa­tisfação de suas necessidades imediatas de sobrevivência. Seus interesses, conforme a situação em que se encontram, não vão além da busca do alimento. A fome leva-os a se concentrarem totalmente na pro­cura do pão pois, que nesta contin­gência, tudo o mais lhes parece se­cundário.

Sob os rigores de climas frios ou sob o sol escaldante das regiões quentes, chegam eles aos nossos redutos de trabalho cristão espe­rançosos, certos de obter o socor­ro urgente de que carecem.

Entretanto, como soe aconte­cer nos arrais espíritas, são poucos os trabalhadores dispostos ao tra­balho e enormes as necessidades da­queles que chegam às casas espíritas em busca de auxílio, os mais diver­sos.

Em vista desse fato, os compa­nheiros incumbidos da tarefa de evangelizar ficam sobrecarregados de trabalho entre as providências de or­dem material socorrista e a organiza­ção das tarefas que visam a levar os ensinos evangélicos, à luz do Espiri­tismo, a esses menores, carentes não somente de pão material, mas sobre­tudo do espiritual pois que, na base de qualquer tipo de carência situam-se as de ordem espiritual.

A ação evangelizadora não visa tão somente à criança necessitada de bens materiais, mas a todas as crian­ças e adolescentes que desabrocham para a vida física necessitados da orientação evangélica, na ótica da Dou­trina Espírita.

Não obstante a consciência de que todo o momento é o momento de evangelizar, há todo um programa es­pecífico para esse trabalho na qual estão expressos os objetivos, os conteúdos evangélicos e espíritas com uma metodologia própria para a faixa etária a qual é destinado.

A evangelização da criança socialmente carente acrescenta um desafio assistencial à atividade pedagógica.

Fornecer às crianças lanche, ape­trechos de higiene, atividades recrea­tivas etc, não substitui a evangeliza­ção propriamente dita, embora lhe sejam parte integrante. É preciso en­sinar-lhes as sublimes lições do Evan­gelho, interpretadas à luz do Espiritis­mo, metódica e gradativamente para que removam, para sempre, os moti­vos pelos quais sofrem.

É necessário descortinar-lhes novos horizontes. É mister penetrar­lhes o interior, ai depositando os ger­mes da verdadeira sabedoria que se fundamenta nas singelas lições de Jesus.

Para isso, cumpre-nos organizar esses momentos nos quais serão ana­lisados temas da maior importância para todos nós, jovens e adultos, que estamos percorrendo os caminhos da experiência física.

A tarefa de evangelizar que pre­vê uma estrutura escolar, com Currí­culo de Ensino próprio, controle de freqüência, experiências de aprendi­zagens, situações provocadas de aprendizagem, de vivências e de seriação que prevê as faixas etárias de infância e adolescência, não pode estar contida dentro da tarefa assistencial. Essas duas tarefas po­dem correr juntas, mas não podem substituir uma a outra. Uma socorre o corpo, casa do Espírito, e a outra socorre o Espírito dono da casa.

É preciso evitar a simplificação reducionista que mutila o aspecto doutrinário em nome da adequação pedagógica à criança socialmente carente.

Alguns companheiros de Doutri­na Espírita, examinando, talvez de maneira superficial, a problemática das crianças carentes, julgam-nas in­capazes de compreenderem o Espiri­tismo, restringindo suas aulas a con­teúdos de boas maneiras, ou de higie­ne corporal, sem entrar nas causas profundas de seus sofrimentos o que fariam se lhes repassassem noções de livre-arbítrio e lei de causa e efeito, noções de reencarnação e de Justiça Divina, capazes de lhes oferecerem explicações preciosas, aplacando-lhes a revolta e reforçando-lhes o desejo de superarem-se.

Negar os ensinamentos do Espi­ritismo e do Evangelho aos necessi­tados ou carentes é pior do que ne­gar-lhes o pão e a sopa, pois, se a fome de alimento constitui-lhes um grande flagelo, a da alma lhes paralisa o pro­gresso, embotando-lhes os sentidos e a inteligência.

É natural que nos sensibilizemos ante a criança com fome e frio, perambulando aparentemente sem destino e sem esperanças. Mais na­tural, ainda, corrermos ao seu encon­tro, oferecendo-lhe, além do nosso carinho, o pão e o agasalho. Isso é muito, mas não é tudo. As razões, as causas dos seus sofrimentos, que o Espiritismo esclarece, fortalecem-lhes a coragem e a disposição de prosseguir, ao mesmo tempo em que levam­-na a compreender a Justiça Divina, o que é fundamental para o seu equilí­brio psíquico.

Seguindo essa linha de pensamen­to, fazemos nossas as palavras conti­das no Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita: “Sendo o Es­piritismo a revivescência do Cristia­nismo, [Cristianismo do Cristo], nada mais natural que ele tenha no seu in­terior uma dimensão essencialmente educativa, uma proposta de educação moral voltada para a formação do homem cristão, do homem de bem.”

Fica, pelo exposto, evidenciada a necessidade de a evangelização espí­rita ter seu espaço próprio, sua pro­gramação curricular, sua metodologia, adequada à faixa etária dos partici­pantes, e, ainda, uma organização re­comendável e necessária a toda e qualquer atividade produtiva.

Texto publicado na Revista A Reencarnação, nº 427.

SUGESTÃO DE ÁUDIO: A RESPONSABILIDADE DOS PAIS E DA CASA ESPÍRITA SOBRE A EVANGELIZAÇÃO ESPÍRITA INFANTO-JUVENIL por AFONSO CHAGAS CORREIA – postado em 12/10/2013

afonsochagascorrc3aaa2Palestra realizada em 11/10/2013 no 2º Encontro Sem Fronteiras do Jovem Espírita de Poços de Caldas/MG.

LINK DO ÁUDIO: http://st4.divshare.com/launch.php?f=24637548&s=b84

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EM SALA: TÉCNICA E SENTIMENTO por Cecília Rocha – postado em 09/09/2013

Desde os primeiros passos dados na árdua tarefa da evangelização espírita da infância e da juventude, que se discute a temática da técnica e do sentimento. Muitos esclarecimentos têm sido feitos no sentido de demonstrar que o emprego de tecnologia adequada ao entendimento das diferentes faixas etárias em nada invalida os sentimentos dos quais deve estar possuído o evangelizador espírita. E tanto isso é verdade que, em todos os cursos de preparação de evangelizadores, encontros, seminários e outras atividades de conjunto, é enfatizada a necessidade de desenvolver o amor como “o eterno fundamento da educação”, conforme se expressou muito bem o insigne Pestalozzi.

Acreditamos que nenhum evangelizador até hoje se tenha equivocado quanto à predominância do sentimento de amor sobre o emprego das técnicas educacionais. O amor é condição sem a qual não se é possível promover a evangelização espírita das novas gerações. Aliás, o fato em si, de alguém dedicar suas horas de descanso  num trabalho não remunerado, feito no anonimato e sem outra gratificação que não seja o prazer de servir, comprova, sem sombra de dúvida, o que afirmamos. É por amor à criança e ao jovem que alguém se torna evangelizador. Que outro motivo teria? Amor à técnica? Absurdo!

Todavia, ao tornar-se evangelizador por ideal, por entender o alcance dessa tarefa, procura os recursos necessários a um bom desempenho. Em primeiro lugar estuda a Doutrina Espírita e o Evangelho, pré-requisitos à tarefa que pretende realizar. E no correr do tempo vai-se apropriando, através de cursos e encontros, da tecnologia necessária ao aprimoramento do seu trabalho. E assim tem acontecido ao longo de mais de meio século de esforços em torno da evangelização espírita infanto-juvenil.

A única exigência, em termos de conhecimento, que se deve fazer em relação ao preparo daquele que se propõe evangelizar, é a do domínio prévio do Espiritismo. Quem não tiver esse domínio não está em condições de atender aos objetivos da tarefa, ainda que possuidor de grande boa vontade.

Não se pode dizer, por isso, que essa exigência é uma forma de elitismo, mas antes uma maneira de assegurar o atingimento dos objetivos propostos para a evangelização espírita das novas gerações.

A falsa concepção de que o candidato a evangelizador, tendo boa vontade, dispensa os conhecimentos doutrinários tem causado muitos prejuízos à eficiência do trabalho.

Além do mais, a boa vontade se manifesta exatamente no esforço que o candidato faz para adquirir os conhecimentos que são indispensáveis ao seu ministério. Boa vontade de aprender, de se aprimorar, de enriquecer seus recursos pessoais (intelectuais e afetivos), esta, sim, seria uma qualidade básica para outras aquisições fundamentais à tarefa de evangelizar.

Em segundo plano vem a tecnologia aplicável às experiências de aprendizagem que são organizadas para evangelizandos de diversas faixas etárias ou, em outras palavras, as técnicas empregadas no desenvolvimento das aulas.

Negar ou menosprezar a importância de uma tecnologia adequada às exigências do mundo atual é desconhecer os problemas que evangelizadores e educadores de modo geral encontram em sala de aula. O educando, que convive fora da escola com os mais sofisticados processos de comunicação, não pode achar encanto numa classe na qual o educador usa métodos e processos de ensino totalmente incompatíveis com o progresso atual em todos os campos do conhecimento. Um mínimo de capacitação em técnicas de ensino e em recursos didáticos é necessário ao evangelizador, ao educador, para que a mensagem que pretende transmitir, as informações que deseja oferecer aos alunos possam a estes chegar de maneira agradável, participativa, dinâmica e eficiente.

Cumpre acrescentar que os requisitos mínimos para o desempenho da tarefa de evangelizar não são exigências dos dirigentes espíritas, mas do próprio trabalho, da clientela que freqüenta as aulas de evangelização espírita e de suas necessidades e expectativas. Não se pode negar o que é evidente por si mesmo: as crianças e os adolescentes não aceitam mais processos obsoletos de ensino-aprendizagem. E o próprio evangelizador, não obtendo resultados positivos no seu trabalho por não ter condições de despertar o interesse e a atenção dos evangelizandos, não se sente gratificado nem estimulado a prosseguir. Esse fato se observa freqüentemente entre aqueles que se dedicam a esse ministério.

Reforçando as opiniões e considerações já emitidas, frutos da vivência de anos no campo da evangelização espírita infanto-juvenil, repetimos que o aprimoramento do evangelizador, do educador espírita, não é condição imposta por dirigentes de Centros Espíritas ou de órgãos de unificação do Movimento Espírita, mas, sim, decorrência natural da própria tarefa.

Quem exige, em última análise, são os evangelizandos, que demonstram essa exigência através do maior ou menor interesse manifestado pelas aulas que lhes são ministradas.

Cecília Rocha – Reformador, Julho de 1985

MENSAGEM – RELATO DE UMA EVANGELIZADORA – postado em 15/06/2013

Instrumentos para Evangelizar

Somos apenas instrumentos na Evangelização de Espíritos. Essa foi minha constatação após uma aula de Evangelização.

Durante três semanas estive estudando para preparar uma aula sobre a passagem “Jesus acalma a tempestade” (Mt 8:23-27) para a turma de 05 e 06 anos. Conforme as semanas foram passando, a cada dia eu tinha mais a certeza de que não deveria deixar o planejamento muito fechado e restrito ao assunto. Durante a aula eu descobri o porquê.

Antes de iniciar a aula propriamente dita, conversei com cada um deles sobre as atividades durante a semana. Todos foram ouvidos.

Iniciamos com uma atividade de integração que se mostrou muito importante para a realização das atividades seguintes. Eu escolhia uma cor e uma ação para realizar com as crianças que tinham a roupa daquela cor. Por exemplo, cor azul, aperto de mão; cor vermelha, abraço e assim por diante. Todos se abraçaram, fizeram carinho e interagiram uns com os outros, resultando em vários abraços coletivos, aumentando o carinho e amizade entre eles.

Em seguida, naturalmente, uma das evangelizandas falou que sua avó estava no hospital e tinha passado por uma cirurgia. Perguntei a eles o que nós poderíamos fazer por ela ali mesmo. Deram várias respostas como abraço, beijo, carinho e prece. Perguntei se alguém gostaria de fazer uma prece para a avó da amiga. Foi feita a prece e em seguida, as outras crianças contaram de seus familiares que estavam doentes ou tinham desencarnado. As crianças fizeram preces pelos familiares dos amigos. Essa situação resultou em uma confiança mútua entre eles. Notei a importância de ouvir suas necessidades.

Após as preces, falamos sobre o passe e uma das crianças me disse que gostaria de dar um passe em mim. Falei que explicaria mais tarde para eles como dar um passe. O interessante é que durante o planejamento desta aula eu já sabia que deveria ensinar a eles como dar o passe.

Então, ensinei uma música que fala sobre a prece, acompanhando com gestos e durante os passes continuamos cantando a música:

“Quando eu vou orar, logo digo assim

Deus é meu amigo, Deus cuida de mim.

Com uma simples prece sinto que se aquece o meu coração (2x)

Fico corajoso porque Deus bondoso dá-me sua mão”.

Notei que com esse recurso de cantar ao mesmo tempo do passe eles se concentraram na música, ficaram em silêncio e fluiu muito melhor que somente com música de fundo.

Depois do passe, montamos o cenário para a passagem “Jesus acalma a tempestade”: um barco grande feito de caixas de papelão coladas e encapado com TNT marrom, um pedaço de TNT azul cobrindo quase todo o chão da sala que seria o mar e um boneco de Jesus grande, com 1 metro de altura.

Apresentei Jesus a eles, falei da época em que se passou a história e das roupas que Jesus usava. Contei onde se passava a história. Todos estavam fora do barco e iniciei a interpretação dizendo que todos nós éramos amigos de Jesus e Ele nos convidou para navegar. Contei toda a história e tudo foi se passando muito naturalmente. Jesus ficou com eles no barco e quando eu disse que Ele estava dormindo, estava no colo de uma das crianças e ela ficou maravilhada e falou: “Jesus está dormindo no meu colo!”. Eles agiram como se tudo fosse real.  Interpretamos a tempestade com sons, balancei o TNT formando ondas gigantes, balancei o barco com eles e espontaneamente, sem minha interferência, a história continuou. Eles começaram a gritar com medo e a clamar por Jesus, tentando acordá-lo. Até o final, eles se apegaram a Jesus, enquanto eu falava da calmaria da tempestade, de não ter medo e acreditar em Deus, arrumando o TNT, acalmando as ondas. Nós vivemos a história de forma real, como uma relembrança daquilo que passamos com Jesus.

Após este momento, tiramos o barco, sentamos em círculo e eles pediram para tirar os sapatos. Cantamos a música “Com Cristo no barco”, acompanhando com gestos. Conversamos um pouco sobre a passagem e enquanto conversávamos, as crianças puxaram um pedaço do TNT por cima de todos nós, formando uma cabana. Enquanto isso acontecia, eles começaram a deitar e a se abraçar e eu fiquei com dúvida se deveria chamar a atenção deles ou deixar aquilo acontecer. Senti que deveria deixar acontecer. Quando me dei conta eu estava enrolada e rindo com eles. Pedi para que colocassem os sapatos e eles o fizeram no mesmo momento, sem que fosse necessário dar broncas ou chamar a atenção. Dobramos o TNT todos juntos.

Conversamos se alguém já havia ficado triste ou doente e quem os ajudou. Em seguida fizemos uma vivência em que eu estava doente e triste e fui perguntando a eles o que poderiam fazer para me ajudar. Prontamente, levaram-me água fluidificada, me abraçaram, beijaram, interpretaram que compraram remédios na farmácia e fizeram uma prece por mim. Quando perguntei mais uma vez o que mais poderiam fazer por mim, falaram do passe. Expliquei como dar o passe. Eu estava sentada no chão e todos juntos me deram um passe. Não era interpretação, pois eu o senti fisicamente. Uma das crianças ainda quis me dar passe sozinha e pediu para que eu fechasse os olhos e colocasse as palmas das mãos para cima. Esse foi um dos momentos mais emocionantes da aula.

No final, deixei-os livres até os pais chegarem. Como temos um quadro branco na sala, eles queriam desenhar. Tínhamos 5 crianças e apenas 3 canetinhas. Combinei com eles que dividiriam as canetinhas para que todos pudessem usá-las. Enquanto três desenhavam, duas ficavam esperando. A minha surpresa foi que naturalmente eles ofereciam a canetinha para os outros amigos desenharem, sem apego ou egoísmo e pacientemente esperavam a sua vez novamente. Isso nunca havia acontecido. Enquanto alguns cantavam a música do barco e desenhavam no quadro, outros conversavam com o boneco Jesus dentro do barco. Tudo foi acontecendo com muito carinho e naturalidade.

Durante todo o tempo eu consegui me entregar para a Equipe da Evangelização no Plano Espiritual e deixar que eles me conduzissem. Não me deixei levar pelo intelectual, pelo planejamento ou pelo raciocínio. Coloquei-me no meu lugar de mediadora. Senti o ambiente de muito amor e paz. O resultado foi uma aula transformadora para as crianças e para mim. Percebi que não sou eu quem preparo a aula e os conduzo, sou apenas o instrumento.

Hoje posso comparar o momento da Evangelização com uma reunião mediúnica em que os médiuns encarnados precisam estudar, vivenciar o Evangelho e aprimorar-se moralmente. Mas, ao mesmo tempo precisam ter a entrega e confiança na Equipe Espiritual que os guia. Assim também acontece na Evangelização. O trabalho é muito maior nos Planos Espirituais. Estamos aqui com a tarefa de deixar acontecer o que é planejado por eles.

MENSAGEM – EVANGELIZADOR, VOCÊ ESTÁ DESMOTIVADO COM A TAREFA? – postado em 18/05/2013

Amigo(a) evangelizador(a), se o desânimo hoje lhe bate à porta do coração desmotivando-o em relação à tarefa de evangelizar, leia abaixo a mensagem contida no livro CARTAS E CRÔNICAS, ditado pelo espírito Irmão X, por Francisco Cândido Xavier. Ao final desta leitura preparamos breve reflexão do porquê continuar (grifos nossos).

10 – AMOR E AUXÍLIO

“Rolava a conversação em torno de proteção espiritual, quando Jonaquim, respeitado mentor de comunicabilidades cristãs, narrou com a voz aquecida de bondade e sabedoria:

– Ouvi de um instrutor amigo que Mardônio Tércio, convertido ao Cristianismo, nos primeiros dias do Evangelho em Roma, se fêz um discípulo tão valioso e humilde do Senhor que, para logo, teve o seu nome abençoado nos Céus. Patrício de enorme fortuna, desde muito cedo abandonado pela mulher que demandara Cartago para uma vida independente, Mardônio, assim que penetrou a essência da doutrina do Cristo, dividiu todos os bens com o filho único, Marcos Lício, e entregou-se à caridade e à renovação. Instrumento fiel do bem, abria os ouvidos a todos os apelos edificantes, fôssem dos mensageiros de Jesus que lhe solicitavam a execução de tarefas benemerentes ou dos irmãos encarnados nos mais baixos degraus da penúria. Fizera-se espontâneamente o apoio das viúvas desamparadas e o tutor afetuoso dos órfãos. Além, disso, mantinha horários, cada dia, para o serviço de assistência direta aos doentes e sofredores, administrando-lhes alimento e socorro com as próprias mãos.

Ao contrário do pai, o jovem Marcos se chafurdou em absurda viciação. Aos trinta de idade, parecia um flagelo ambulante. Distinguindo-se entre as forças do ouro e do poder, não vacilava em abusar das regalias que desfrutava para manter-se no banditismo dourado que os privilégios sociais tanta vez conservam impune.

Dois caminhos tão diferentes produziram, em consequência, duas posições diametralmente opostas no Mundo Espiritual. Sobrevindo a morte, Mardônio cresceu em tamanho merecimento que foi elevado à esfera do Cristo, acessível aos servidores que pudessem colaborar com ele, o Senhor, nos dias mais torturados do Evangelho nascente. Marcos, porém, arrojou-se a escuro antro das zonas inferiores, onde, conquanto afeito à revolta e à perversão, qual se trouxesse a consciência revestida em grossa carapaça de insensibilidade.

O genitor, convertido em apóstolo da abnegação, visitava o filho, no vale tenebroso a que se chumbava, sem que o filho, cego de espírito, lhe assinalasse a presença; e tanto se condoeu daquele com quem partilhara o afeto e o sangue que, certo feita, num rasgo de apaixonado amor pelo rebento querido, suplicou ao Senhor permissão para levá-lo consigo para as Alturas, a fim de assistí-lo, de mais perto.

Jesus sorriu compreensivo e aquiesceu, diante da ternura ingênua do devotado cooperador, e, antes que amigos experientes lhe administrassem avisos, lá se foi Mardônio para a cava sombria, onde o filho se embriagava de loucura e ilusão… Renteando com Marcos, positivamente distante de qualquer noção de responsabilidade, aplicou-lhe passes magnéticos, anestesiou-lhe os sentidos e, tão logo o beneficiado cedeu ao repouso, colocou-o enternecidamente nos ombros, à feição de carga preciosa, e, com imensos cuidados, transportou-o para os Céus…

Instalado num dos sítios mais singelos do Plano Superior, o recém-chegado, porém, usufruía luz mais radiante que a do dia terrestre, e, tão depressa acordou sob o encantamento paternal, ao ver-se coberto de fluidos repugnantes que lhe davam a impressão de ser um doente empastado de lama enquistada. Marcos se confrontou com os circunstantes, que se moviam em corpos tênues e luminosos, e passou a gritar impropérios e insultos. Ao pai que intentou reconfortá-lo, procurou esbofetear sem misericórdia, afirmando que não pedira e nem desejara a mudança. Exortado a respeitar o nome e a casa do Senhor, injuriou o ambiente com palavras e idéias de zombaria e ingratidão. Parecia uma fera desatrelada, buscando enlamear um fonte de luz. Interferiram amigos e o rebelado caiu de novo em prostração, sob hipnose benéfica…

Jonaquim fêz novo intervalo, e, porque se interrompera em apontamento culminante da historia, um dos companheiros interrompeu:

– E daí? Mardônio se viu coibido de amparar o filho a quem amava?

O instrutor explicou:

– Sim, meus amigos, Mardônio acabou compreendendo que nem Deus violenta filho algum, em nome do bem, e que o bem jamais foge à paciência, a fim de ajudar… Por isso, reconduziu Marcos ao antro de onde o arrancara e, sem nada perder em ternura e esperança, até que o filho quisesse ou pudesse de lá sair para novos passos no caminho da evolução, o ex-patrício, por noventa e dois anos consecutivos, desceu diariamente ao vale das trevas, oferecendo ao filho, de cada vez, a bênção de uma prece, uma frase esclarecedora e um naco de pão.

– Mas, isso não é o mesmo que acentuar a impraticabilidade do socorro? – aventou um dos presentes. – Não seria mais justo relegar o necessitado ao próprio destino para que ele mesmo cogitasse de si?

Jonaquim sorriu expressivamente e rematou:

– Não temos o direito de pôr em dúvida o poder e a eficiência da lei de auxílio. A renovação conseguida por noventa e dois anos de devotamento talvez custasse, sem eles, noventa e dois séculos. O amor, para auxiliar, aprende a repetir.”

A mensagem fala por si, entretanto se pode fazer uma analogia com no plano encarnado, onde, por exemplo: 92 horas de evangelização na Casa Espírita (em torno de 2 a 3 anos, considerando 1 hora por semana) talvez economize 92 anos (uma experiência física) de dores e sofrimentos ao espírito.

Apesar das dificuldades, por amor, aprendamos a repetir!

À exemplo do pai que buscou o filho e, acima de qualquer instituição terrestre, trabalhamos para o Nosso Senhor Jesus Cristo, que por sua vez, nos assalariou apesar das nossas imperfeições.

Trazendo à mente a figura do Majestoso Mestre, relembremos o chamado: “Pedro, apascenta minhas ovelhas!”

Para finalizar, vejamos o significado da palavra apascentar no livro Fonte Viva, por Francisco Cândido Xavier, onde o benfeitor Emmanuel nos esclarece o sentido:

APASCENTA

“Apascenta as minhas ovelhas.” – Jesus. (João, 21:17.)

Significativo é o apelo do Divino Pastor ao coração amoroso de Simão Pedro para que lhe continuasse o apostolado.

Observando na Humanidade o seu imenso rebanho, Jesus não recomenda medidas drásticas em favor da disciplina compulsória.

Nem gritos, nem xingamentos.

Nem cadeia, nem forca.

Nem chicote, nem vara.

Nem castigo, nem imposição.

Nem abandono aos infelizes, nem flagelação aos transviados.

Nem lamentação, nem desespero. “Pedro, apascenta as minhas ovelhas!” Isso equivale a dizer:

– Irmão, sustenta os companheiros mais necessitados que tu mesmo.

Não te desanimes perante a rebeldia, nem condenes o erro, do qual a lição benéfica surgirá depois.

Ajuda ao próximo, ao invés de vergastá-lo.

Educa sempre.

Revela-te por trabalhador fiel.

Sê exigente para contigo mesmo e ampara os corações enfermiços e frágeis que te acompanham os passos.

Se plantares o bem, o tempo se incumbirá da germinação, do desenvolvimento, da florescência e da frutificação, no instante oportuno.

Não analises, destruindo.

O inexperiente de hoje pode ser o mentor de amanhã.

Alimenta a “boa parte” do teu irmão e segue para diante. A vida converterá o mal em detritos e o Senhor fará o resto.

ENTREVISTA: EVANGELIZAÇÃO COM SANDRA BORBA PEREIRA – postado em 10/05/2013

Publicamos parte da entrevista realizada com Sandra Borba Pereira, para o veículo O IMORTAL – Jornal de Divulgação Espírita – no 662 – Abril 2009.

Percebemos através das respostas que ainda vivemos as mesmas dificuldades, fazendo com que o evangelizador continue buscando cada vez mais “saberes”  para a realização da tarefa.

“– Sua atuação com jovens e crianças, ao longo do tempo, levou-a a que conclusão nestes tempos de dificuldades sociais com essas faixas etárias e também levando-se em conta a realidade do movimento espírita nacional?

Não creio que o trabalho da evangelização infanto-juvenil, ao longo do tempo, tenha sido fácil ou sem problemas, em qualquer época. Do grupo de jovens da Federação Espírita Pernambucana do qual participei (nos anos 70), até onde sei, só eu permaneço atuante no Movimento Espírita. O que devemos, acredito, é ter clareza dos problemas da nossa contemporaneidade: imediatismo, individualismo, ética midiática, instituições resistentes a qualquer mudança, famílias ausentes e despreocupadas com a educação moral dos filhos, muito mais opções de lazer, dentre outros.

Agora, se a tudo isso ajuntarmos, por exemplo, uma prática pedagógica evangelizadora desinteressante, apática, tipo “ditando normas”, sem vida, sem problematização, sem abertura ao diálogo, sem conteúdo doutrinário norteador – teremos um problema sem tamanho. Creio que o caminho está num esforço coletivo – pais, educadores, dirigentes espíritas – de identificação de nossas responsabilidades (quais os nossos equívocos?) e na assunção de um compromisso com a causa da educação moral nossa e das novas gerações.

– Em sua opinião temos preparado devidamente nossos jovens e crianças para o trabalho espírita do futuro?

De modo geral, pela experiência pessoal que vivo, creio que hoje o jovem tem mais espaço do que no passado, no movimento espírita. No entanto, tem ele também muitas outras solicitações e, convenhamos, adquirir estabilidade social hoje é mais difícil, sobretudo em face das exigências da vida profissional. Um curso de graduação não tem mais o mesmo peso de algumas poucas décadas atrás. Isso significa que o jovem, no meu entender, tem menos tempo do que nós tivemos para se dedicar à Doutrina e ao movimento, de modo geral.

Essa é uma das razões pelas quais temos que investir no jovem desde os primeiros momentos, especialmente quanto aos aspectos doutrinários e aqueles voltados para as relações interpessoais. Não podemos nos descuidar, ainda, da formação específica para as tarefas que deverá assumir (de acordo com o perfil exigido pela tarefa), sem esquecermos a postura educacional: nem afastamento do jovem pelo rigor e desconfiança, nem paternalismo e o equívoco de que o jovem tudo pode. Agradeço até hoje aos que me disseram “não” e me admoestaram com carinho e respeito.

– O avanço da tecnologia e consequentemente a expressiva vinculação de nossos jovens e crianças com jogos virtuais e internet dificultam o processo educativo dos valores morais e mesmo da educação espírita, em face da ainda inadequação de nossas instituições?

A evangelização espírita infanto-juvenil possui uma força extraordinária que é a mensagem lúcida e esclarecedora da Doutrina, com repercussões na formação da personalidade integral e, sobretudo, na aquisição de valores. Acredito que hoje todos os processos educacionais – principalmente na escola e na família – enfrentam problemas que ainda não conseguimos compreender por se constituírem de múltiplas variáveis, e isto permanece desafiando estudiosos e pesquisadores do mundo todo.

Na evangelização não poderia ser diferente. Existem, porém, caminhos que a experiência já mostrou serem válidos: conteúdos significativos, abordagem metodológica centrada na atividade da criança e do jovem a partir da problematização das temáticas, ambiente de amorosidade, articulação e diálogo com a família, integração nas atividades da Casa. Esses caminhos exigem esforço coletivo, formação pedagógica contínua do evangelizador, planejamento participativo, criatividade, autocrítica para superar resistências, respeito para com tudo o que já foi feito, atitude de mudança, compromisso com a tarefa, etc.

– Seu gosto pelo aspecto filosófico, ético e pedagógico da Doutrina Espírita encontra eco na realidade do movimento espírita e na atuação de nossas casas espíritas?

Sem dúvida, o aspecto ético está sempre presente na atuação dos espíritas e qualquer um que dele se afaste, qualquer que seja a atividade que realize (dentro ou fora do Movimento), está fadado ao desequilíbrio e, consequentemente, ao comprometimento moral e espiritual. A nossa tradição cultural brasileira está muito impregnada de uma visão de filosofia mais como “orientação de vida” do que no sentido acadêmico, restrito.

No Movimento não é diferente. Temáticas mais evangélicas são as mais presentes e percebe-se certa resistência aos assuntos com enfoques mais filosóficos ou científicos. Sempre que podemos, porém, sugerimos a inclusão de temas filosóficos e pedagógicos ou abordagens que possam aglutinar essas áreas, buscando o que a própria Doutrina nos proporciona: um conhecimento de totalidade, integral, a ser abordado numa linguagem clara, com ilustrações, sem erudição pedante.

– Como sensibilizar dirigentes, trabalhadores e mesmo pais e educadores espíritas para a importância e valorização desses aspectos tão expressivos do Espiritismo?

Acreditamos que aqueles que se dedicam ao estudo do Espiritismo em sua totalidade, que se sentem afinados com essas temáticas, podem colaborar através dos meios de divulgação doutrinária. Fizemos no dia 12 de janeiro último um programa radiofônico da FERN (Estação da Luz) dedicado ao grande mestre Pestalozzi (seu aniversário de nascimento) e agradou muito. Também tivemos oportunidade de gravar um programa televisivo aqui em Natal (Caminhos de Luz) sobre Educação e Espiritismo, com boa repercussão inclusive fora das lides espiritistas.

Temos realizado em muitas cidades brasileiras seminários sobre a temática pedagógica à luz do Espiritismo. Percebo que há um interesse que reclama mais investimento em eventos, processos formadores, mídia, etc. Cabe-nos, portanto, abordar esses aspectos, escrever e publicar textos que possam contribuir para a divulgação desses aspectos, estimulando confrades, em especial jovens, a pesquisar, estudar, discutir. Já temos contribuições significativas nesse sentido. Citaria as edições temáticas da revista REENCARNAÇÃO, da Federação Espírita do Rio Grande do Sul e a REVISTA PEDAGÓGICA, do IDE (SP).”

EM SALA: O SIMULADOR – RECURSO QUE FACILITA! – postado em 09/05/2013

Abaixo temos um post de um blog de uma amiga de Belo Horizonte/MG que nos ensina a usar, de uma forma bem descontraída, o SIMULADOR nas aulas de Evangelização.

O SIMULADOR DÁ BASE PRINCIPALMENTE PARA QUEM NÃO TEM FORMAÇÃO PEDAGÓGICA.

Inserimos alguns comentários de Sônia de Menezes Jácome que veio até nós em conversas sobre o tema.

Simulador

No início de nossas lides como evangelizador, uma hora de evangelização parece uma eternidade! Expomos o tema em 15 minutos, damos uma atividade que as crianças fazem em 3 minutos (a atividade que a gente ficou a semana inteira fazendo…) e aí… Ai Jesus! As crianças se dispersam, fazem bagunça, umas choram querendo a mãe, outras sobem pelas paredes, outras querem fugir… Aí o evangelizador fica procurando papel para a criança desenhar, mas ela não quer desenhar porque já está desgastada. Se o evangelizador tenta voltar ao tema, quanto menor a criança, menos é possível entretê-la com a exposição por um tempo grande… Isso quando o evangelizador não fica inventando brincadeiras que nada tem a ver com o tema da aula, para distrair a criança. Aí vem a frustrante pergunta: “Falta muito, tia, pra acabar?”

Pronto: no final da aula a criança sai correndo e dizendo “Graças a Deus que terminou”, o evangelizador fica frustrado, desanimado e desmotivado e a criança não quer voltar…

Muita gente coloca culpa nos espíritos desencarnados: A criança tá assim porque o suposto obsessor está perturbando para que ela não assista o conteúdo da evangelização… Bem, será que é isso mesmo, ou apenas faltou recurso para prender a atenção da criança durante o tempo da evangelização?

Fala a verdade: é o seu caso? Hum?

Então, os seus problemas se acabaram-se! Eis o Evangelizador Simulator Tabajara! Rsrs! Brincadeirinha. Eu quero dizer, eis o SIMULADOR, um grande aliado para preparar nossas aulas. Quem me ensinou esta técnica foi a querida Sônia Jácome, do 10º CRE, e mudou minha vida!

É o seguinte: pega o tempo de aula que você tem e coloque-o em um círculo, dividindo o tempo de 5 em 5 minutos, ou de 10 em 10, por exemplo. Então, você vai planejar o espaço de tempo de cada coisa que vai fazer na sala. Quer ver?

No exemplo da figura lá em cima vamos considerar uma aula de 2 horas. Coloquei esse tempo que alguns vão achar muito grande só para que vejamos que ainda fica curto quando bem planejado. Vamos dividir:

– 15 Minutos de INTEGRAÇÃO. A integração serve para ajudar a criança a entrar no clima da evangelização. Ela vem agitada, as vezes desanimada… Aí o evangelizador, depois de dar um tempinho para a criança se acomodar e cumprimentar os coleguinhas que não vê tem uma semana, pode cantar uma música ou fazer uma brincadeira, onde a criança se reconheça na evangelização e reconheça a evangelização como um momento especial! Claro que tudo tendo a ver com o tema. Por que ter integração? Davi responde: “Servi ao SENHOR com alegria; e entrai diante dele com canto.” – Salmos 100:2.

  • Comentário: é o momento em que a criança entra na Instituição Espírita abrindo um livro da sua existencia semanal, da qual não tivemos contato, senão seus parentes e familiares. Ali na integração ela se abre ao evangelizador atento, que pode conduzir a aula pela própria integração e a manifestação intima dela (da criança).

25 Minutos de DINÂMICA. A dinâmica deve funcionar como uma introdução ao tema, com a participação do evangelizando. Pode ser feita, também, de maneira que evangelizando intua o tema da aula. Por que a dinâmica é um recurso importante? Anatole France responde: “Toda a arte de ensinar é apenas a arte de acordar a curiosidade natural nas mentes jovens, com o propósito de serem satisfeitas mais tarde.”

  • Comentário: É a forma de induzir a aula expontaneamente, permitindo que a criança encontre em si mesmo o assunto segundo a sua necessidade interna.

20 Minutos de EXPOSIÇÃO. É a parte mais importante da aula e a que deve ser preparada com mais capricho. Para que a exposição seja mais eficiente, é sempre muito bom usar de recursos visuais para ajudar, como cartazes, figuras, etc. Quando vamos preparar a evangelização, primeiro preparamos a exposição. Depois, seguem os recursos que nos ajudarão a desenvolver melhor o tema. Tem gente fazendo o contrário: vai preparar a aula, começando escolhendo brincadeiras e dinâmicas e, por último estudando o conteúdo! Incoerente, não? Lembremos-nos de Jesus, cujo preparo para nos ensinar é inquestionável. Só de abrir a boca, já nos ensinava: “E, abrindo a sua boca, os ensinava”… – Mateus 5:2

  • Comentário: É o ponto ápice em que a informação vai direto ao seu âmago, sem desvio ou fantasias, normalmente ela foge por que é o encontro dela consigo mesmo, mas o Evangelizador que tem domínio de sala e que acompanhou esta criança desde o início – na integração – conseguirá mantê-la até o termino desta, levando em conta suas limitações e dificuldades.

20 Minutos de REFERÊNCIA PRÁTICA. É praticamente um prolongamento da exposição, porém, ilustrando o assunto de maneira que o evangelizando o entenda na prática e o fixe. O nome diz tudo: Referência Prática. Pode ser uma história, uma poesia, montagem, vivência dos grandes missionários, exemplos, comparações (sempre positivas, por favor)… Tem muito recurso que podemos usar. O mais comum é a história. Quando levar para os menores, use de desenhos, de imagens que ilustrem o tema. Faça vozes, gestos e trejeitos das personagens. Muito legal usar fantoches e bonecos. Cenários também são muito bons. É uma boa hora de lançar mão de recursos que sensibilizem alguns dos 5 sentidos das crianças. Jesus utilizou largamente o recurso da referência prática conosco: “E falou-lhe de muitas coisas por parábolas” Mateus 13:3

  • Comentário: Material do próprio evangelizador, que vai percebendo enquanto aplica se houve por parte da criança, alguma assimilação do tema proposto.

20 Minutos de ATIVIDADE. Eis o momento do evangelizando se expressar. Vai ajudá-lo, também a fixar o tema, pois é a hora de praticar. O Evangelizando vai se expressar as vezes de maneira muito sutil e inconsciente. Cabe ao evangelizador observar e não se precipitar. Acalmar-se. A criança destruiu o papel que tinha a atividade. Manifestou raiva ou tristeza. Não quis participar da atividade. Empolgou-se. Estava quieta e de repente mudou o comportamento. Estava agitada e aquietou-se. Tudo isso são expressões. Claro que no caso de o evangelizador ter preparado o material de maneira adequada. Algumas manifestações das crianças são tão somente a resposta ao despreparo do evangelizador… As atividades podem ser jogos interativos, caça-palavras, quebra-cabeças, perguntas e respostas, brincadeiras coletivas, atividades artísticas como teatros, colagens, etc… Desde que seja um meio para que o evangelizando se expresse, são muitíssimos os recursos, sempre adequados à idade. Recurso muito usado por Jesus, de várias maneiras, seja com simples perguntas: “E ele lhe disse: Que está escrito na lei? Como lês?” Lucas 10:26, ou com tarefas que eram dadas a cumprir. Dica: leve sempre um plano “B” e um “C” de atividades.

  • Comentário: onde ela (a criança ) se expõe permitindo-nos saber até que ponto da evangelização houve entendimento.

10 Minutos de CONCLUSÃO. Hora de concluir, ou seja, fazer o fechamento de maneira que se fixe a ideia. Uma frase marcante de Jesus, dos espíritos como Emmanuel, Bezerra, frases de Kardec, são muito bons recursos. Desde que se escolha frases adequadas à idade do evangelizando e ao objetivo a que nos propomos. Deixa-me explicar. O tema família, por exemplo. E desenvolvemos colocando a importância da instituição familiar, da tolerância, da obediência, da compreensão. Aí vamos fechar o tema com a frase: “E o inimigo do homem nascerá dentro de sua própria casa”. Ora, a frase é de Jesus, então incontestavelmente está correta. Porém, o objetivo a que me propus na exposição era outro ângulo da questão familiar, não este. Neste caso, a conclusão apagou tudo o que eu quis dizer na minha aula… Entendeu? Não nos percamos na hora de estudar. Vamos entender melhor observando Jesus: “E disse-lhe: Respondeste bem; faze isso, e viverás.” Lucas 10:28. Viu só?

  • Comentário: Concluir o trabalho, o que é fundamental para ambos, criança e evangelizador.

10 Minutos para AVALIAÇÃO. Não é avaliação do evangelizando não. É avaliação da Evangelização, através do evangelizando. Vamos perceber se atingimos os objetivos a que nos propomos, se a aula deve ser repetida, se a didática foi eficiente. Também é uma boa hora para fazer algum relaxamento com as crianças, de maneira que saiam dentro do clima da evangelização. É a hora de dar a lembrancinha, também. É hora de praticar a ciência da Observação. “E, estando Jesus assentado defronte da arca do tesouro, observava a maneira como a multidão lançava o dinheiro na arca do tesouro” – Marcos 12:41.

  • Comentário: feita pelo evangelizador e pela criança, esta avaliação pode ser feita 1 vez por semana, de 03 em 03 meses, não mais que isso, para que não percamos o controle do trabalho. Eu particularmente faço a cada aula, reconhecendo assim, tenho uma visão do que trabalhar na proxima semana.

Aplicamos aqui em Minas e a resposta tem sido muito bacana. Algumas Casas já conseguem maior tempo de evangelização em virtude do programa, a propria UEM está com 2 horas de evangelização, onde 45min são somente de integração com crianças e jovens.

Quando usamos o simulador, duas horas de evangelização são “fichinha”! Passa a ser pouco para o monte de coisas que queremos fazer.

Claro que o tempo é flexível, viu? Às vezes a minha dinâmica é rápida e a integração é maior. Crianças muito pequenas pedem um tempo de exposição menor. Os maiores já pedem um tempo maior. Na pré-mocidade, eu reservava mais ou menos 30 minutos de exposição, dependendo do tema. Tem evangelização que a gente não leva a dinâmica, por exemplo. O simulador é apenas um recurso, não um ditador! Serve para facilitar, não atrapalhar.

Experimentem! Eu tenho certeza que vai facilitar a vida.

Qualquer dúvida, fiquem a vontade de expor, para que possamos diluí-la juntos. Se for alguma coisa que eu não saiba responder, podem ficar tranquilos que eu peço ajuda aos “universitários”, ou seja, aos mais experientes!

FONTE: http://cooperecomjesus.blogspot.com.br/2010/03/o-simulador-recurso-que-facilita.html

SUGESTÃO DE VIDEO: ENTRE A TERRA E CÉU – REUNIÃO DE PAIS por HAROLDO DUTRA DIAS – postado em 05/03/2013

Nesta Reunião para Pais, Haroldo Dutra Dias fala para pais, evangelizadores e educadores sobre Evangelização e o papel dos envolvidos no processo. Muito interessante para reflexionarmos que estamos fazendo (ou não) das reencarnações das nossas crianças e jovens na atualidade:

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SUGESTÃO DE VÍDEO: EVANGELIZAÇÃO INFANTIL – com SONIA DE MENEZES COELHO JÁCOME – postado em 05/03/2013

ESPIRITISMO BH: Por que evangelizar? Até que ponto é necessário o envolvimento dos pais no processo de evangelização dos filhos? Como devem atuar as casas espíritas? Quais as características do evangelizador? Bebês podem ser evangelizados?

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SUGESTÃO DE VÍDEO: SEMINÁRIO SOBRE PEDAGOGIA ESPÍRITA COM WALTER OLIVEIRA ALVES – postado em 15/02/2013

Abaixo temos um Seminário dividido em 03 partes: 1º Encontro Regional de Pais, Evangelizadores e Educadores Espíritas de Jales/SP com Walter Oliveira Alves, realizado nos dias 21 e 22/03/2009 no Centro Espírita Benedita Fernandes (Casa da Sopa).

Estes vídeos contém muitos exemplos pedagógicos abordados à luz da Doutrina Espírita e é como se fosse também, um Resumo prático do Livro “Educação do Espírito”, escrito pelo mesmo palestrante.

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ESTUDO: OS 15 PRINCÍPIO BÁSICOS DO ESPIRITISMO À LUZ DO EVANGELHO – ESTUDO PROMOVIDO POR HONÓRIO ONOFRE ABREU (UEM) – postado em 05/03/2013

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Estudo realizado por Honório Onofre Abreu norteando os iniciantes no Estudo da Doutrina Espírita, citando os princípios básicos à luz do Evangelho de Jesus. Ideal, principalmente, para novos evangelizadores, dando um visão inicial dos conceitos e propondo o estudo dos mesmos para se auto evangelizar.

LINK: http://bvespirita.com/Os%2015%20Princ%C3%ADpios%20B%C3%A1sicos%20do%20Espiritismo%20a%20Luz%20do%20Evangelho%20(Hon%C3%B3rio%20Abreu).pdf

EM SALA: LEMBRETES PARA O TRABALHO COM AS CRIANÇAS – postado em 06/03/2013

– Começar a atividade com uma proposta de aquecimento para que o grupo se forme. Podemos começar cantando uma canção conhecida por todos; fazer uma recitação acompanhada de movimentos, e até uma roda, onde enlaçadas pelas mãos, as crianças possam se perceber como participantes de um grupo.

– Depois de formado o grupo (e também aquecido) iniciamos a aula propriamente dita. Trabalhamos com a formação de imagens (pela vivência, ou pela narrativa) que conduzirão os conteúdos escolhidos.

– Ao contar história, lembre-se que não devemos interpretá-la e sim permitir às crianças a vivência de seus conteúdos.

– É por “aproximação sucessiva” que os conteúdos vão sensibilizando nossos ouvintes e a riqueza de detalhes formarão o cenário (indispensável) para maior significado da narrativa.

– Ao escolher o texto ou a música para a parte inicial da aula, se puder ser um texto, poesia ou música que trabalhe com o conteúdo, melhor. Caso não seja, não se preocupe, pois seu objetivo é “aquecer o grupo”.

– Não perca tempo tentando “controlar” um aluno “indisciplinado”. Inicialmente acolha-o com carinho, tente acalmá-lo, não permita que ele atrapalhe o trabalho. Olhe-o firmemente (como se conversasse com um adulto) e diga-lhe que deve aguardar até estar pronto para o trabalho. Não o deixe sem fazer alguma coisa, e de tempo em tempo convide-o a participar novamente do trabalho.

– Para a realização dos trabalhos de desenho, sugerimos que cada criança tenha um CADERNO DE DESENHO grande. Este caderno será Caderno de Religião, onde os conteúdos serão registrados e devidamente ilustrados. (Sugere-se o uso de giz de cera e lápis de cor para desenhos e a escrita dos mesmos. Para os maiores, os registros escritos poderão ser realizados com canetas.)

– Encontraremos nestes cadernos, diversas páginas registrando o mesmo conteúdo, na medida em que trabalhamos uma história, poesia, música ou texto (maiores) em diversas aulas. Para cada novo conteúdo, faz-se uma nova abertura com título e tudo mais.

– Caso tenhamos no grupo alguém (evangelizador) com dotes musicais, poderemos ensinar música instrumental às crianças.

– Além das atividades dos grupos (níveis), sugerimos uma atividade em que todas as crianças possam participar. A atividade ideal é o canto. Podemos formar um coro, que ao longo dos meses se transformará em coral. Devemos iniciar e terminar atividades de evangelização com a música coletiva.

– Sugerimos para o momento da música em grupo, que se escolha música clássica (erudita ou popular).

– Julgamos interessante possibilitar a participação das crianças nas atividades do centro espírita. Nas oportunidades de festas ou comemorações poderá ser apresentado o coral infantil, alguns solos de flauta ou mesmo recitação (individual ou em grupo). Sempre com qualidade.

– Atenção com a poluição ambiental. Cuidem bem do ambiente em que as crianças permanecem para que sejam sempre limpos, organizados e harmoniosos.

– Para as crianças maiores poderemos usar a biografia como suporte dos conteúdos morais e ou religiosos e trabalhar também com a parte filosófica compondo uma outra parte da aula (uma biografia poderá assim, quando bem escolhida e trabalhada, ser usada por um longo período).

ESTATÍSTICAS: RECURSOS PEDAGÓGICOS – TABELA DE DADOS – postado em 06/03/2013

Estamos oferecendo sugestões de recursos que não são receitas, mas apenas ideias que devem ser renovadas e modificadas conforme a criatividade e habilidade do evangelizador. É uma proposta simples e procura estar dentro das possibilidades de qualquer instituição. Selecionamos algumas ideias procurando observar a necessidade de diversificação de recursos.

O objetivo é contribuir para melhor estimular o evangelizador no aprendizado.

Pesquisa feitas pela SOCONDY-VACUUM OIL CO ESTUDIES (Carvalho, Antonio Vieira de In: treinamento de recursos humanos) relativas ao aprendizado constataram que:

Conclui-se que os nossos sentidos tato, olfato, visão, audição, paladar, mesmo estando diretamente ligados ao processo ensino-aprendizagem, não possuem a mesma graduação de importância. Assim a utilização de recursos didáticos é muito importante e excelentes aliados para a tarefa de ensino e divulgação.

ESTUDO: O MÉTODO INTUITIVO DE PESTALOZZI – postado em 06/03/2013

A intuição proposta por Pestalozzi como método educacional, a nosso ver, não foi compreendido pela maioria dos educadores.

Não possui o sentido que usualmente damos a essa palavra. No meio espírita, costuma-se chamar de intuição à uma ideia que nos surge por inspiração de algum amigo espiritual, ou lembrança de experiências passadas, ou mesmo a ideia que nos surge como “lembrança” de um sonho, etc…

Embora esses aspectos possam influenciar a intuição, para Pestalozzi, ela tem um sentido mais amplo. Representa a percepção que a criança tem de um fenômeno, que ela percebe através dos sentidos, mas que é trabalhada pelo intelecto e, ao mesmo, pelo sentimento.

O que chamamos de método intuitivo, dispensa grandes explicações por parte do educador, mas leva a criança a chegar à uma conclusão lógica através da observação, comparação e análise, onde ela vai perceber e sentir a realidade em seu íntimo.

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A metodologia é construtivista em sua essência, muito mais do que se possa imaginar. Para chegar a esse estado de percepção, a criança vai usar suas estruturas mentais interiores, fazer associações, comparações, tirar conclusões, construindo assim, novas estruturas mentais, majoradas. A ligação de Pestalozzi e Piaget é muito grande. Ambos trabalham numa mesma direção, embora, em alguns aspectos possa parecer o contrário. Resta-nos estudar mais para compreender melhor.

A intuição, pois, está intimamente ligada à percepção que ela possa ter do meio.

Mas percepção, no sentido pestaloziano, não se restringe apenas à percepção sensorial.

Além dos sentidos, ela atinge o intelecto e o sentimento. E será dessa forma que a intuição será trabalhada: pela razão e pelo sentimento, ao mesmo tempo.

Embora o assunto possa parecer complicado para alguns, sugerimos ao evangelizador ou educador espírita um estudo das atividades que propomos à frente e, com certeza, poderá compreender melhor tal metodologia, proposta, na verdade, por Pestalozzi.

Nas atividades propostas, procuramos levar a criança a perceber intuitivamente, ou seja, pela sua própria cabeça, o fenômeno que a experiência lhe apresenta.
O educador não vai apresentar definições à crianças, mas levá-la a perceber, compreender e sentir o real significado do conteúdo em estudo.
Por exemplo: Na primeira atividade cujo assunto central é Deus, propomos levar a criança a um contato direto com a obra Divina: a Natureza.

Num passeio ao campo, a criança vai caminhar na grama (de preferência descalça), olhar os pássaros voando, sentar debaixo de uma árvore, comer dos seus frutos, sentir o perfume das flores, a beleza fantástica que a Natureza nos proporciona.

A tarefa do educador será apenas a de levar a criança a pensar, comparar e sentir.

Pelos órgãos dos sentidos ela entra em contato direto com a obra Divina, olhando, tocando, saboreando (os frutos)…

Pelo intelecto ela analisa e compara: Deus criou tudo isso… As plantas, os animais possuem vida… Somente Deus cria a vida…

Em seu coração ela vai sentir a vibração do ambiente, a presença Divina em cada recanto da Natureza…

Com habilidade, o educador poderá, através da música, de atividades lúdicas, sensibilizar ainda mais o coração da criança.

Ela perceberá, sentirá em seu íntimo a presença Divina, concluindo, mesmo que inconscientemente, que Deus é inteligente, Deus é bom, Deus é sábio, Deus nos ama.

O educador precisará dizer muito pouco. Na verdade, muitas palavras, nessa horas podem atrapalhar.

A atividade no interior da criança foi intensa. A percepção em seu sentido global, ou seja, sensorial, intelectual e afetiva entrou em ação e a criança pode perceber, sentir, concluir…

E é dessa atividade interior, onde a criança participa como agente de seu próprio desenvolvimento é que devemos cuidar. O processo de “crescimento”, de desenvolvimento integral das potências do Espírito é um processo interior. Todavia, depende da interação da criança com o meio. E devemos entender por meio os objetos, as pessoas, animais, plantas, tudo que a cerca, mas não apenas no sentido material, mas também espiritual. A atividade espiritual à nossa volta é intensa e nós interagimos com ela, embora inconscientemente.

Uma das grandes tarefas do educador será, pois, criar atividades para a criança interagir com o meio, através de experiências ricas, interessantes, atraentes, onde ela possa, pelo esforço próprio, pelo seu próprio trabalho, seja a nível físico, intelectual ou afetivo, construir sua bagagem futura de conhecimentos e sentimentos.

Todas as atividades propostas, bem como as artes em geral, a música, o teatro, a dança, as artes plásticas e a literatura possuem o mesmo objetivo central de trabalhar com a percepção (sensorial, intelectual e afetiva), ampliando sua capacidade de interação com o meio físico e espiritual.

Percepção e Vibração

A Doutrina Espírita amplia ainda mais o conceito de percepção para o seu aspecto espiritual.

pestalozzi

O aspecto afetivo é energético e corresponde a vibração de certo teor. O Espírito é, pois, um ser que vibra e que, ao vibrar, entra em sintonia com vibrações de igual teor e pode perceber o que escapa a outro observador.

Por exemplo: Uma criança passeia pelo bosque com seu pai que procura despertá-la para a beleza da Natureza e para a presença Divina em tudo. As árvores, as flores, os pássaros, a brisa suave, o riacho murmurante, tudo lhe fala de Deus.

Outra criança passa pelo mesmo local com o objetivo bem definido de caçar passarinho. Seus olhos argutos procuram a presa e, ao ver o pássaro, tira o estilingue de seu bolso, arma-o com um a pedra e abate a pobre ave. Não viu mais nada, não percebeu nada além de sua presa. Para ele o pássaro era apenas o objeto de sua caçada. Em sua pobreza espiritual sentiu-se eufórico por ter estraçalhado o passarinho. Não sentiu a beleza da Natureza, nem percebeu a presença Divina. Na verdade se naquele instante lhe ocorresse pensar em Deus, seu pensamento seria de medo, provocado pela culpa de ter abatido um pássaro, pois no fundo de sua consciência ele sabe que seu ato foi ruim. Não poderia sentir Deus como criador e Pai, mas sentira medo de Deus e da punição que poderia receber pelo ato cometido.

De forma semelhante, assim ocorre com todas as criaturas que, em diferentes épocas, vê e sente o mundo, o meio em que atua, conforme sua bagagem interior. Nesse sentido, tanto atuará a bagagem intelectual, o conhecimento que possui, como a bagagem moral, o sentimento que já desenvolveu e que lhe permite “sentir” o meio de forma especial, conforme a vibração que emite.

EM SALA: ALGUNS EQUIVOCOS DA PRATICA PEDAGOGICA NA EVANGELIZAÇÃO – postado em 15/02/2013

Jesus, o grande pedagogo, deixou-nos em seus ensinamentos, diretrizes para todas as situações da vida.
“Ide e ensinai a todas as gentes”. Com essa mensagem Jesus exorta seus discípulos a pregar e ensinar.
E quando disse: __ “Não se põe a candeia debaixo do alqueire”, Jesus alerta a todos para a responsabilidade na difusão do saber.
Referimo-nos a esses ensinamentos a fim de solicitar aos Evangelizadores a reflexão sobre as responsabilidades dos que se propõe a levar o Evangelho de Jesus aos corações das crianças e jovens.

Em Evangelização Espírita, a prática do amor é a condição primordial para a execução da tarefa e a auto-avaliação evitará que o evangelizador cometa equívocos que prejudiquem o grande alcance desse trabalho.

Registramos alguns equívocos cometidos na prática da evangelização:

a) Com o pretexto de atualizar-se, estudar obras variadas deixando de lado as obras da codificação Espírita;
b) Analisar com seus alunos temas de interesse dos jovens, explorando os aspectos biológicos, psicológicos ou sociais, sem estudá-los à luz da Doutrina Espírita;
c) Acreditar sempre que a ajuda espiritual poderá suprir o planejamento de ensino e a preparação adequada do evangelizador;
d) Expor a Doutrina Espírita de maneira sofisticada e apresentando teorias científicas do mais alto raciocínio, afastando de suas aulas aqueles que possuem menos conhecimento;
e) Esquecer-se de relacionar o conteúdo doutrinário com as experiências de vida de seus alunos;
f) Ausentar-se dos grupos de estudo da Doutrina Espírita, acreditando já possuir conhecimentos suficientes;
g) Desvalorizar as experiências pedagógicas concretas, sem o devido exame, por preconceito ou auto-suficiência (não colocar as próprias limitações no trabalho);
Lembremo-nos que “do nada, nada se tira”. “Tudo o que germina, germina d’uma semente”.
“Não podemos esperar que aflorem na alma da mocidade qualidades nobres e elevadas sem que, previamente, tenhamos feito ali a sua sementeira”.
“A sementeira do bem e da verdade, do amor e da justiça nunca se perde. Sua germinação pode ser imediata ou remota, porém jamais falhará”. “A obra da redenção humana é obra de educação”.

fonte: http://www.dij.ceeak.ch/textos_e_artigos/alguns_equvocos_da_pratica_pedaggica_na_evangelizaco/index.html

PEDAGOGIA: O JOGO E O LÚDICO NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL  – parte 1 – postado em 15/02/2013

a – Fase sensório-motora (0 – 2 anos)

Desenvolvimento dos sentidos / Executa movimentos com o corpo / Objetos são para serem explorados / Histórias / Brinca pelo simples prazer de brincar, rolar, sons, bater, ações repetitivas.

b – Fase Simbólica Global (2 – 4 anos)

Movimentos físicos intencionais (amassar, encaixar, rasgar, montar e desmontar) / Imitação / Dança / Histórias / Brincar de esconder / Brincadeiras simples realizadas com maior interesse / Brinquedos socializados e regras não funcionam (egocentrismo).

c – Fase Intuitiva (4 – 6/7 anos)

Corpo em movimento / Rabiscar, pintar, amassar, modular / Dramatização / Brinca em grupo (quer sempre ganhar e muda as regras para isso) / Quebra-cabeças, jogos de montar, construir histórias.

d – Fase das Operações Concretas (8 – 11/12 anos)

Cooperação com os semelhantes / Práticas esportivas / Jogos de construir que representam acontecimentos da vida real / Brinquedos que ensinem a vivenciar as relações da vida real.

e – Fase Hipotético-Dedutivo (a partir dos 11/12 anos)

Julgamentos, criatividade, crítica, amadurecimento das relações sociais / Jogos que estimulem o desafio, a perspicácia, a auto-superação / Observações científicas, jogos intelectuais, de regras, quebra-cabeças, pesquisa, projetos, aventuras, vivência em grupo.

EM SALA: O PAPEL DO EVANGELIZADOR

O evangelizador deve ter técnica, conhecer várias atividades, não abdicar jamais do seu papel principal de educador. Deve perceber aonde pode chegar com cada criança e com o grupo como um todo. Mas para justificar esta opção ele deve ser alegre, sentar com as crianças e saber brincar, seu sorriso deve ser fácil e espontâneo, pois, cada evangelizador deve ter, sobretudo, uma criança dentro de si.

O que precisa é que o educador esteja realmente convencido de que a atividade lúdica é uma ferramenta útil e que ele terá vantagens em aplicar, precisa ser aquele evangelizador “meio menino” que também se diverte com as brincadeiras e jogos, que conhece as preferências da faixa etária que trabalha.

Quando for preparar uma atividade lúdica, o evangelizador deverá pensar em contar uma história dando especial atenção ao conteúdo ético que ela transmite. Aplicar uma dramatização preocupando-se com as interações existentes entre os participantes, como está se manifestando a liderança, como estão despontando as diversas potencialidades e limitações, enfim, como esta apresentação, aparentemente simples, irá influenciar no desenvolvimento das crianças.

MENSAGEM: EVANGELIZEMOS POR AMOR! por Guillon Ribeiro – postado em 15/02/2013

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É através da evangelização que o Espiritismo desenvolve seu mais valioso programa de assistência educativa do homem.

A escola de letras continua a informar e instruir a fim de que a Ciência se fortaleça no seio das coletividades. Entretanto, é a educação religiosa que vem estimulando a moral ilibada de modo a libertar a criatura humana para os altiplanos do amor, de consciência despertada e vigilante junto aos imperativos da vida.

Aliando sabedoria e amor alcançaremos equilíbrio em nossa faina educativa.

Eduque-se o homem e teremos uma Terra verdadeiramente transformada e feliz!

Contemplamos, assim, com otimismo e júbilo, o Movimento Espírita espraiando-se, cada vez mais, nos desideratos da evangelização, procurando, com grande empenho, alcançar o coração humano em meio ao torvelinho da desenfreada corrida do século… Tão significativa semeadura na direção do porvir!

Mestres e educadores, preceptores e pais colaboram, ao lado uns dos outros, em meio às esperanças do Cristo, dinamizando esforços em favor de crianças e jovens, na mais nobre intenção de aproximá-los do Mestre e Senhor Jesus.

Urge que assim seja, porque o tempo mais propício à absorção das novas ideias, que mais favorece a tarefa educativa do homem, é o seu período de infância e juventude. Sem dúvida que a maturidade exibe a valiosa soma das experiências adquiridas, embora tantas vezes amargue o dissabor das incrustações perniciosas absorvidas ao longo do caminho…

Eis, pois, o Amor convocando servidores do Evangelho para a obra educativa da Humanidade!

Abençoados os lidadores da orientação espírita, entregando-se afanosos e de boa vontade ao plantio da boa semente!

Mas para um desempenho mais gratificante, que procurem estudar e estudar, forjando sempre luzes às próprias convicções.

Que se armem de coragem e decisão, paciência e otimismo, esperança e fé, de modo a se auxiliarem reciprocamente, na salutar troca de experiências, engajando-se com entusiasmo crescente nas leiras de Jesus.

Que jamais se descuidem do aprimoramento pedagógico, ampliando, sempre que possível, suas aptidões didáticas para que não se estiolem sementes promissoras ante o solo, pela inadequação de métodos e técnicas de ensino, pela insipiência de conteúdos, pela ineficácia de um planejamento inoportuno e inadequado. Todo trabalho rende mais em mãos realmente habilitadas.

Que não estacionem nas experiências alcançadas, mas que aspirem sempre a mais, buscando livros, renovando pesquisas, permutando ideias, ativando-se em treinamentos, mobilizando cursos, promovendo encontros, realizando seminários, nesta dinâmica admirável quão permanente dos que se dedicam aos abençoados impositivos de instruir e de educar.

É bom que se diga, o evangelizador consciente de si mesmo jamais se julga pronto, acabado, sem mais o que aprender, refazer, conhecer… Ao contrário, avança com o tempo, vê sempre degraus acima a serem galgados, na infinita escala da experiência e do conhecimento.

Entretanto, não menos importante é a conscientização dos pais espíritas diante da evangelização de seus filhos, como prestimoso auxiliar na missão educativa da família.

Que experimentem vivenciar quando necessário a condição de evangelizadores, tanto quanto se recomenda aos evangelizadores se posicionarem sempre naquela condição de pais bondosos e pacientes junto à gleba de suas realizações.

Que os pais enviem seus filhos às escolas de evangelização, disciplinando-os na assiduidade tão necessária, interessando-se pelo aprendizado evangélico da prole, indagando, motivando, acompanhando…

Por outro lado não podemos desconsiderar a importância do acolhimento e do interesse, do estímulo e do entusiasmo que devem nortear os núcleos espiritistas diante da evangelização.

Que dirigentes e diretores, colaboradores, diretos e indiretos, prestigiem sempre mais o atendimento a crianças e jovens nos agrupamentos espíritas, seja adequando-lhes a ambiência para tal mister, adaptando ou, ainda, improvisando meios, de tal sorte que a evangelização se efetue, se desenvolva, cresça, ilumine…

É imperioso se reconheça na evangelização das almas tarefa da mais alta expressão na atualidade da Doutrina Espírita. Bem acima das nobilitantes realizações da assistência social, sua ação preventiva evitará derrocadas no erro, novos desastres morais, responsáveis por maiores provações e sofrimentos adiante, nos panoramas de dor e lágrimas que compungem a sociedade, perseguindo os emolumentos da assistência ou do serviço social, públicos e privados.

EVANGELIZEMOS POR AMOR!

Auxiliemos a todos, favorecendo sobretudo à criança e ao jovem um melhor posicionamento diante da vida, em face da reencarnação.

Somente assim plasmaremos desde agora os alicerces de uma nova Humanidade para o mundo porvindouro.

É de suma importância amparar as almas através da evangelização, colaborando de forma decisiva junto à economia da vida para quantos deambulam pelas estradas existenciais.

E não tenhamos dúvidas de que a criança e o jovem evangelizados agora serão, indubitavelmente, aqueles cidadãos do mundo, conscientes e alertados, conduzidos para construir, por seus esforços próprios, os verdadeiros caminhos da felicidade na Terra.

Guillon Ribeiro

(Página recebida em 1963, durante o 1º Curso de preparação de evangelizadores – CIPE, realizado pela Federação Espírita do Estado do Espírito Santo, pelo médium Júlio Cézar Grandi Ribeiro).

PEDAGOGIA: TIPOS DE DESENHOS SEGUNDO A IDADE DA CRIANÇA – postado em 15/02/2013

O desenho evolui paralelamente ao desenvolvimento da criança

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Pode-se estimular um bebê de um ano e meio, por exemplo, deixando-o ter contato com algum lápis. Convém utilizar os de cera que tem a ponta arredondada e são mais gordinhos. Nessa idade, muitas crianças já poderão segurar um lápis e fazer seus primeiros rabiscos.

A orientação sim, é importante nesta etapa, nem que seja para não deixar a criança pintar as paredes, portas, chão, etc., nem tentar colocar o lápis na boca. Se puder, compre uma mesinha adequada à sua altura para que possa desenhar mais tranquilamente. No princípio, ela fará traços desordenados, irregulares, e sem nenhum tipo de controle. Os rabiscos parecerão sem sentido, mas funcionam como uma grande manifestação de prazer e diversão para a criança.

As idades das crianças e os desenhos:

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Aos 18 meses a criança fará rabiscos sem parar, sem sentido e desordenado, mas se divertirá muito ao descobrir o mundo das cores e os traços. Mostrará a todos o que fez, e é importante que seu público lhe responda positivamente. Sua coordenação motora nesta etapa ainda é muito precária. Essa etapa se denomina auto-expressão. Sentirá curiosidade pelas paredes, o chão, as revistas, e tentará rabiscá-los de todas as formas.

Aos 2 anos de idade, o rabisco passará a ser mais controlado e já terá outro sentido para a criança que passará a notar que existe uma relação entre os rabiscos e o movimento que faz sua mão. Irá querer desenhar sem parar e usará mais de um lápis de cor para preencher a folha. Os traços do seu desenho ocuparão partes antes desocupadas do papel. A criança, nessa idade, começará a sentir curiosidade e querer provar outros tipos de lápis e materiais. O vivenciamento predominará sobre a expressão.

Aos 30 meses de idade, a criança já será capaz de controlar um pouco mais os movimentos de sua mão, e de, inclusive, manejar o lápis. Seus traços, agora um pouco mais firmes, já não sairão da folha. A criança gozará de uma melhor coordenação e é aí que aparecerá o desenho simbólico. Cada rabisco ou desenho que consiga fazer, terá um nome e um sentido para ela. Em razão disso, a criança passará a desenhar muito mais, já que passa a ver sua criação como algo real. Um quadrado para ela pode representar uma casa. E um círculo, ainda que mal feito, pode simbolizar uma cabeça ou outra coisa. Nessa idade, a criança descreverá aos demais o que desenhou, e esperará que a entendam.

A partir dos três ou quatro anos, o desenho da criança se aproximará mais da realidade. Sentirá especial interesse em desenhar seu papai ou sua mamãe, ou seu amiguinho, irmão, primo, ou outra figura humana. O uso de cada cor terá um significado para ela. Há crianças que já demonstram preferência por algumas cores. Essa é uma etapa pré-esquemática.

Aos cinco anos, começará a desenhar mais detalhes em seus personagens e a utilizar mais cores adequadamente. Desenhará pessoas com roupa, levando algum objeto. Já a partir dos seis anos, seus desenhos terão pormenores importantes como mão com cinco dedos, orelhas, cabelos diferenciados, pessoas sentadas, etc. Também se encontrará preparada para desenhar paisagens, flores no campo, frutas nas árvores, chaminés nas casas, rios, e tudo a que se proponha.

É lógico que essas etapas servem apenas de orientação. Sempre devemos considerar que cada criança é um mundo e que cada um tem sua própria habilidade além do seu devido tempo para desenvolvê-la. E isso deve-se respeitar e não forçar.

Fonte: http://br.guiainfantil.com/desenho-infantil/211-tipos-de-desenhos-segundo-a-idade-da-crianca.html

EVANGELHO NA PRÁTICA: DICAS DE COMO UTILIZAR AS PARÁBOLAS NA EVANGELIZAÇÃO INFANTO-JUVENIL – PARTE 2 – postado em 06/03/2013

01 – Qual o tema central desenvolvido pela Parábola?

02 – É preciso tomar cuidado para que temas secundários não venham à tona e alterem o roteiro do trabalho.

03 – Determinado o tema central a ser trabalhado, avaliar a sua adequação à faixa etária do grupo de crianças a que se destina.

04 – Escolher uma história de apoio de trabalho pedagógico. Essa história deverá favorecer a transferência dos conteúdos da parábola. Esse é um trabalho do aluno e não do professor!

05 – É sobre o conteúdo dessa história que se elaboram os desenhos, vivências, montagem de textos e demais tarefas pedagógicas.

06 – Não se faz pergunta sobre a parábola em si. Conta-se simplesmente (sem dramatização) e deixa-se que as imagens permaneçam na alma infantil com toda sua riqueza de formas e cores. Quanto mais contamos mais esses conteúdos permanecem a disposição do educando, podendo ser evocados à medida das necessidades internas da criança.

07 – Podemos usar 1, 2 ou mais histórias sobre o mesmo conteúdo, se necessário. O importante é não “desmontar” a parábola para “facilitar” a sua compreensão. Isso não acontece! Ao contrário, não só dificulta como compromete o verdadeiro significado da parábola.

08 – Ao final da aula de evangelização poderemos pedir aos educandos que escrevam um pequeno texto sobre a parábola narrada. Este texto demonstrará o nível de compreensão sobre o conteúdo exposto e deverá ser precedido (no caderno) de desenhos relativos à História que serviu de apoio ao trabalho.

10 – Os desenhos e a elaboração do próprio texto servirão de indicadores do nível de compreensão da criança, como também orientarão o evangelizador sobre a qualidade do seu trabalho.

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SUGESTÕES DE PARÁBOLAS

(Exemplo: Parábolas do Evangelho de Lucas)

  1. Parábola do Semeador – cap. 8, v. 4
  2. Parábola da Candeia – cap. 8, v.16
  3. Parábola do Bom Samaritano – cap. 10, v. 25
  4. Parábola do amigo inoportuno – cap. 11, v. 5
  5. Parábola do servo vigilante – cap. 12, v. 35
  6. Parábola da figueira estéril – cap. 13, v. 6
  7. Parábola do grão de mostarda e do fermento – cap. 13, v. 18
  8. 8. Parábola dos primeiros assentos e dos convidados – cap. 14, v. 7
  9. Parábola da grande ceia – cap. 14, v. 15
  10. Parábola da ovelha e da dracma perdida – cap. 15
  11. Parábola do filho pródigo – cap. 15, v. 11
  12. Parábola do mordomo fiel – cap. 16
  13. Parábola do rico e Lázaro – cap. 16, v. 19
  14. Parábola do fariseu e do Publicano – cap. 18, v. 9
  15. Parábola dos dez servos e das dez minas – cap. 19, v. 11

EM SALA: USANDO A BIOGRAFIA COMO SUPORTE PARA O TRABALHO – postado em 06/03/2013

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A biografia não é usada simplesmente para informar sobre a vida do biografado. Como recurso pedagógico, ela é excelente veículo a transmitir imagens importantes e significativas para quem a ouve. Para que isso ocorra, no entanto, precisamos ter em mente:

a) a biografia é uma história contextualizada, com começo meio e fim. (de uma pessoa)

b) o biografado serve de “modelo” quando é capaz de provocar uma identificação no ouvinte. Para tanto deverá estar próximo a ele.

c) devemos organizar o conteúdo biográfico a partir dos nossos objetivos. Por exemplo, organizar uma sequencia temporal, os fatos importantes que tragam a si os conteúdos a serem trabalhados (situações da vida do biografado, em que tenha demonstrado coragem, paciência, amor à verdade, lealdade, força de vontade, firmeza de propósitos, etc..)

d) o importante da biografia, enquanto recurso pedagógico, é o fato em si e não datas e circunstâncias.

e) para cada acontecimento evocar o contexto em que ele ocorre, ligando-o sempre as características de personalidade do biografado que se queira enaltecer ou reforçar.

f) aconselha-se a não dramatizar as biografias, sob o risco de que elas percam a força que representam pela elaboração mental que exige do ouvinte.

g) a biografia pode contar uma história “boa” (de alguém bom) ou “má”, (de alguém que não tenha sido muito legal) mas nem por isso ela perderá seu valor como recurso pedagógico.

EVANGELHO NA PRÁTICA: DICAS DE COMO UTILIZAR AS PARÁBOLAS NA EVANGELIZAÇÃO INFANTO-JUVENIL – PARTE 1 – postado em 15/02/2013:

1 – INTERPRETAÇÃO DOS SÍMBOLOS

Interpretar o significado dos símbolos nas parábolas: na parábola do semeador as sementes e os diferentes terrenos onde as sementes caíram; na parábola da ovelha desgarrada o que significam o pastor, as cem ovelhas, a ovelha desgarrada.

2 – HISTÓRIA EM QUADRINHOS

Criar uma história em quadrinhos com textos (balões) ou sem texto, que reproduza a sequência dos fatos apresentados em uma determinada parábola.

3 – PERSONAGENS E MENSAGENS

Quais os personagens que entram em cena em determinada parábola e qual a atitude de cada um deles? O que você aprendeu com essa parábola? Qual a mensagem para o homem de hoje?

4 – COMPARAÇÃO DE TEXTOS

Compare o texto de uma parábola em Evangelhos diferentes. Localize por exemplo a parábola do semeador em Lucas (8:4-8) compare com o texto de Mateus (13:1-9) e Marcos (4:1-9). Quais são as semelhanças e diferenças entre eles? Discuta as diferenças: será que possuem algum significado especial?

5 – REPÓRTER

Feita a encenação, um evangelizador (repórter) entrevista os que participaram da encenação. Por ex: o que você sentiu fazendo o papel da semente que caiu no meio do espinho? (parábola do semeador).

6 – REFLEXÃO EM GRUPO

Reflexão com todo o grupo reunido independente do número de pessoas que estejam participando. Por ex: alguém lê em voz alta a parábola do bom samaritano. Em seguida o evangelizador pergunta: o que o outro significa para você?

É muito importante que a reflexão não fique só no campo das ideias, por isso ao final do encontro o evangelizador deve fazer outra pergunta que faça com que o grupo assuma aquilo refletiu. Por ex: no caso do bom samaritano qual será nossa maneira de agir em relação ao outro de hoje em diante?

7 – JORNAL MURAL

Confecção de um jornal mural com um aspecto que foi discutido em determinada parábola. Por ex: alguém lê em voz alta a parábola do bom samaritano. Em seguida o evangelizador faz um pequeno comentário e propõem ao grupo (ou grupos) a confecção de um jornal mural com o tema: “a solidariedade no mundo de hoje!”.

O evangelizador deverá fornecer o material para a confecção do jornal mural: papel pardo, revistas, jornais (para recortar) cola, pincéis atômicos, etc.

Outra sugestão: a partir da parábola do joio confeccionar um jornal mural com o tema: “o homem pode transformar o mundo em que vive”.

8 – OUTRA HISTÓRIA

Usando a ideia central de uma parábola, o evangelizador deve inventar uma história ou contar uma história real. O importante é que a outra história apresente a mesma ideia central da parábola que foi escolhida.

9 – COMPARAÇÃO DE MENSAGENS

As parábolas são muito ricas de significados. Em uma mesma parábola cada pessoa percebe aspectos diferentes. Pode-se então aproveitar isso em uma atividade específica. Formam-se vários grupos (mínimo de três máximo de 5 pessoas) que ficarão encarregadas de descobrir uma mensagem da parábola. Depois se reúne todos os grupos que irão ler as mensagens encontradas. O plenário deverá elaborar uma única mensagem que contenha ideias encontradas pelos grupos.

10 – MENSAGEM ILUSTRADA

Formar vários grupos que receberão cada um deles uma parábola. Ninguém deve saber a parábola que foi destinada ao outro grupo. Cada grupo deve descobrir a mensagem da parábola que recebeu e ilustrá-la através de um cartaz (desenhos, recortes de revistas, jornais, etc). O cartaz não poderá ter nenhuma legenda, título, frase, etc. Cada grupo apresentará sua mensagem ilustrada e os demais procurarão descobrir de que parábola trata.

EM SALA: COMO CONTAR HISTÓRIAS – postado em 01/02/2013

Muitos julgam facílimo contar uma história. Puro engano. São poucos os bons contadores de histórias. Vejamos estas sugestões:

1-) Nunca conte uma história que não interessa ao nível da classe.

2-) É muito importante que as crianças estejam fisicamente bem próximas ao evangelizador, se possível, dispostas em semicírculo, para sentirem-se próximas mentalmente.

3-) Nunca quebrar a narração para fazer comentários (mesmo ligados à história) nem mesmo para chamar a atenção de alguma criança.

4-) Conhecer bem a estória a ser narrada. O professor que ler a história pouco antes da aula não está apto a narrá-la.

5-) Planejar a apresentação da história antes de contá-la, treinando antes a sequencia dos fatos, ligando-os à apresentação das gravuras ou cartazes a serem utilizados durante a narrativa.

6-) Verificar se a história contém passagens que necessitem de anterior explicação. Caso exista, simplificar ao máximo, passando à sua necessária explicação.

7-) Verificar se a história ainda não é de conhecimento das crianças. O prévio conhecimento diminuiria muito o interesse.

😎 Não ponha ênfase em pormenores sem importância. Além de cansar, tiraria o valor das partes principais.

9-) Contar com naturalidade, usando uma linguagem, usando uma linguagem simples e correta. A linguagem deve estar à altura do entendimento das crianças.

10-) Modular a voz, encarando os ouvintes, sem fixar-se em nenhum.

11-) Nunca interrompa a narrativa, e conte a história com velocidade crescente.

12-) Verificar se as crianças estão bem acomodadas. Acúmulo de crianças tende a quebrar o interesse.

13-) Fale sempre em tom agradável, nem depressa e nem devagar.

14-) Evite comentários inúteis, pois cansam a a criança.

15-) Evite balbuciência (hesitação e timidez).

16-) Evite tartareio: Trocar “tá” por está; “né” por não é; “ocê” por você.

17-) Evite cacoetes: Dizer sempre ao fim da frase… Não é? Certo? Entende? Compreende? Aliás… etc.

Etapas de Como contar Histórias.

1-) Incentivo Inicial: Nunca entremos diretamente no início da história. Através de conversações, gravuras, vários tipos de material didático, perguntas e outros recursos, aguçamos a curiosidade e o interesse da criança com relação a ouvir e conhecer a história.

2-) Apresentação de Expressões e passagens desconhecidas das crianças. Devem ser explicadas anteriormente, a fim de que não haja incompreensão durante a narração.

3-) Apresentação da história – Ao ouvir, as crianças devem estar em semicírculo, se possível.

4-) Comentário da história – Marcar bem a passagem principal, passando a fixar o objetivo da história, relativo ao tema.

5-) Atividades de desenvolvimento – Perguntas individuais, gerias, reprodução da história e avaliação do aprendido. Pode-se aqui apresentar ainda a respeito do tema: dramatização, desenho, coro falado (jogral), canções e composições de outras histórias referentes ao tema.

Características do Bom Contador de Histórias:

a) Conhecer o enredo seguramente, evitando quebras de atenção e desconfiança por parte das crianças.

b) Confiar em si mesmo, preparando convenientemente.

c) Não ser afetado, narrar com toda naturalidade.

d) Não ter gestos bruscos, movimentando-se tranquilamente.

e) Evitar tiques, estribilhos e cacoetes a fim de não distrair a atenção dos pequenos.

f) Atender a todos com igualdade.

g) Tom de voz agradável e não cansativa.

h) Sentir o que conta, permanecendo atento aos fatos.

(Fonte: Ev.Infantil Volume 1 – Mariluz Valadão Vieira – Editora Aliança – 1988)

Dicas para se tornar um bom contador de histórias
Por Mônica Oliveira Roma

Você já parou para analisar em como você conta histórias aos seus alunos? Será que os encanta? Selecionei algumas dicas, baseadas em alguns livros, apostilas de cursos de fonoaudiólogos, teatro e contador de histórias.

Ao fim apareceu essa “mistureba” que vale a pena! Espero que curtam e tirem proveito!!

Cuidando da Voz:

Para que você tenha uma boa voz, é importante alguns cuidados simples, como:
*Mantenha uma postura reta e relaxada na região do ombro e da cabeça, principalmente quando estiver falando.

*Tome água várias vezes ao dia e em temperatura ambiente.

*Coma frutas, como maçã, pois tem função adstringente, ajudando na higienização bucal e laringe.

*Evite usar roupas muito apertadas, principalmente na região do pescoço e na cintura.

Vestindo o Contador de Histórias

Sempre que você for contar uma história, é bom utilizar algum adereço que marque a mudança de papéis, ou seja, transforme a PROFESSORA em CONTADORA DE HISTÓRIAS. Assim, o ouvinte terá mais um motivo para entrar neste mundo mágico.
Você pode usar:

*Um xale / Uma saia personalizada / Um chapéu / Um colete ou avental / Uma mala, ou bolsa, baú, etc.

PREPARANDO A HISTÓRIA A SER CONTADA

Antes de tudo, você precisará conhecer a história, estudá-la de forma que a resume, mas não tire seu encanto.

Esquema: *Início da história (tempo/lugar) / Personagens principais / Situação Inicial / Desenvolvimento / Eventos dramáticos / Situação Final.

Recursos: *Livro / Fantoches / Palco / Teatro de sombras / Retroprojetor / Marionetes / Gravuras, álbum sanfonado ou seriado / Máscaras / Cineminha / Dramatização / Flanelógrafo

Esteja Atento Também:

Voz ( sonoridade e timbre/ intensidade/ velocidade/ dicção : está proibido: né? Aí então…tá vendo? E outros…)

Olhar : um par de olhos brilhantes e entusiasmados seria perfeito!! E não se esqueça de olhar ao menos uma vez nos olhos de cada ouvinte. Distribua bem o olhar. Não se fixe só numa pessoa ou num grupo.

Expressão corporal: lembre-se de que seu corpo também fala e demonstrará todo seu envolvimento com o ato de contar as histórias. Perceba se está com o corpo rígido, petrificado enquanto estiver falando (não provocará envolvimento) OU espalhafatoso demais (cansará os ouvintes) OU parecendo um pêndulo, sacudindo e balançando sem parar.

Plaquinha: Você poderá personalizar uma “plaquinha” para pendurar na porta da sala enquanto estiver contando histórias. Evitando assim qualquer interrupção que acarretará na quebra de dinâmica.
Pense numa frase criativa casada com um desenho. Por exemplo: “Por favor não entre! Estamos fazendo uma viagem ao maravilhoso mundo das histórias.” E a ilustração de um foguete.

3 opiniões sobre “Evangelização na Prática”

  1. Lucia Moysés disse:

    Vocês estão de parabéns. Tomei a liberdade de copiar uma imagem para usar no Encontro Estadual de Evangelizadores do CEERJ – 2023. A maquete de O Nosso Lar. Abraços.

  2. Isabel Cristina disse:

    Paz e luz!
    Meu nome é Isabel, sou evangelizadora e gostaria de obter maiores informações sobre o LABORATÓRIO 04: O Nascimento de Jesus / Montagem Presépio, pois eu e minhas colegas evangelizadoras estamos buscando ideias para esse tema.
    Quero parabenizar toda a equipe pelo excelente material disponibilizado.
    Desde já agradeço.

  3. maravilhoso! parabéns pelo trabalho, amei. espero que continuem este trabalho muito abençoado.

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